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Há 15 dias em greve, bancários cobram negociação

Linha fina
Mais de 700 locais de trabalho, entre concentrações, contingenciamentos e agências de todas as instituições financeiras, foram paralisados
Imagem Destaque

São Paulo – Os complexos Verbo Divino, São João, 15 de Novembro, o prédio Gepes (Gestão de Pessoas) e dois contingenciamentos do Banco do Brasil - um no Centro e outro em Santana – pararam as atividades nesta quinta 3, 15º dia de greve nacional dos bancários. De acordo com balanço do Sindicato foram 727 locais (715 agências e 12 centros administrativos) parados em São Paulo, Osasco e região. Estima-se que cerca de 24 mil trabalhadores cruzaram os braços.

“Tivemos reunião hoje com o Comando Nacional dos Bancários e decidimos fortalecer a greve até receber uma proposta com aumento real. Outros setores que lucram menos já fecharam acordo”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários. “O silêncio dos bancos mostra a falta de compromisso com a sociedade”.

O Comando Nacional ainda não recebeu resposta à carta enviada à federação dos bancos (Fenaban), na qual demonstra que a categoria se mantém disposta a negociar. Desde a proposta de 6,1%, sem aumento real, rejeitada pelos trabalhadores e que deram início à greve no dia 19 de setembro, as instituições financeiras não mais se pronunciaram.

O silêncio dos banqueiros já causa preocupação nos lojistas brasileiros. Ainda nesta quinta 3, a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), que representa 1,2 milhão de estabelecimentos, emitiu nota apontando que a falta de um acordo pode gerar perdas de até 30%.

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E se os banqueiros já não tinham motivos para não apresentar proposta com valorização da categoria, nesta quinta 3, ficaram ainda mais sem argumentos. Durante conferência em Londres, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse que o crescimento econômico do país será maior do que se esperava.

> Crescimento será maior do que se esperava

15º dia de força - Além da paralisação em algumas das principais concentrações do Banco do Brasil também mobilizaram-se os empregados lotados na Universidade Caixa, na Avenida Paulista, e no edifício Patriarca do Itaú, no centro de São Paulo.

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A adesão é crescente em diversas unidades, com a paralisações de agências dos centros velho e novo, bairros de Cidade Dutra e Grajaú, na zona sul; Imirim, vilas Medeiros, Sabrina e Nova Cachoeirinha, na zona norte.

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Também nos corredores das avenidas Paulista, Angélica e Brigadeiro Luiz Antonio; Brás, Penha e Mooca, na zona leste; corredores das avenidas Vital Brasil, Francisco Morato e da Cidade Universitária, na zona oeste. Além de Osasco e municípios adjacentes, como Jandira, Itapevi, Embu das Artes, Embu Guaçu, Barueri, Aldeia da Serra e Itapecerica da Serra.

> Fotos: galerias de Osasco, Paulista e zonas oeste e leste de São Paulo

Comando e assembleia – Por conta do ato na Paulista, não houve encontro do Comando de Greve. O grupo volta a se reunir na sexta 4, às 16h, no Auditório Azul do Sindicato (Rua São Bento, 413, Centro).

Na segunda-feira 7, a reunião do Comando de Greve acontece às 16h, na Quadra (Rua Tabatinguera, 192, Sé), pouco antes da assembleia para avaliação do movimento, que será a partir das 17h. Para participar da assembleia é necessário apresentar crachá do banco ou holerite acompanha do de documento com foto.

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Redação - 3/10/2013
(Atualizado às 18h33)

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