Pular para o conteúdo principal

Intransigência dos bancos ameaça comércio

Linha fina
Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas engrossa coro dos bancários por negociação e fala em perdas de até 30% se um acordo para o fim da mobilização não sair com celeridade
Imagem Destaque

São Paulo – A posição intransigente dos banqueiros em não retomar as negociações para negociar uma proposta decente que possa encerrar a greve começa a ameaçar o comércio em todo o país. Diante da preocupação, a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) enviou carta à Fenaban (federação dos bancos) cobrando celeridade na assinatura de um acordo.

“Se a greve se prolongar e alcançar o quinto dia útil do mês, o comércio pode sofrer perdas na ordem de 30% no período”, afirmou Roque Pelizzaro Junior, presidente da CNDL, que representa mais de 1,2 milhão de pontos de venda no Brasil. “É neste exato momento, em que milhões de consumidores recorrem aos bancos para sacar dinheiro, pagar boletos e compensar cheques. É um dos maiores momentos para o consumo interno”, explica.

A nota foi definida em reunião entre lideranças da CNDL específica para o assunto, na manhã de quinta 3.

“Os bancos mantém-se em silêncio e não demostram qualquer interesse em sentar para debater nossas justas reivindicações, desrespeitando trabalhadores e clientes”, diz a presidenta dos Sindicato, Juvandia Moreira.

A disposição para negociar já foi formalmente reforçada por meio de carta enviada pelo Comando Nacional dos Bancários à Fenaban, no dia 24 de setembro.

Silêncio – Já faz quase um mês, desde de 5 de setembro, que os banqueiros apresentaram a única proposta até agora, e rejeitada, para renovar por mais um ano a Convenção Coletiva de Trabalho da categoria. De lá para cá, silêncio.

A proposta não prevê qualquer aumento real para a categoria muito menos melhoria nas condições de trabalho, mesmo sendo o setor financeiro o que mais lucra no país e a categoria, uma das que mais adoece, vítimas de pressão por metas abusivas e de sobrecarga de trabalho causada pela falta de pessoal.

Os termos oferecidos pelos bancos foram levados à assembleia no dia 12 de setembro, onde foram democraticamente rejeitados e onde, também, foi decidida greve por tempo indeterminado a partir do dia 19. A mobilização, direito previsto na Constituição e regulamentado por lei federal, seguiu todos os trâmites legais e, por isso, é legítima.

“Se estamos mobilizados há 15 dias é porque não tivemos outra alternativa diante da postura dos banqueiros. Não tem cabimento um setor que lucrou quase R$ 60 bilhões em apenas 12 meses não valorizar seus trabalhadores, os principais responsáveis por esse resultado. Se estamos em greve, a culpa é dos banqueiros”, completa Juvandia.

Leia mais
> Há 15 dias em greve, bancários cobram negociação


Redação – 3/10/2013

seja socio

Exibindo 1 - 1 de 1