São Paulo – “É raro encontrar uma agência da Caixa onde as pessoas não fiquem diariamente pelo menos duas horas a mais em seu horário. O trabalho é crescente e não estamos dando conta.” O relato é de uma bancária que, ao lado de diversos colegas, estão em greve desde 19 de setembro.
> Fotos: Super e Giret na Penha
Nesta terça 8, entraram em greve trabalhadores da Superintendência Regional Penha (foto à direita) e da Giret, a Gerência de Retaguarda (foto à esquerda), também na Penha, ambos responsáveis pela administração e pelo suporte de 45 unidades localizadas na zona leste de São Paulo.
“A única razão de a Caixa não ter apresentado proposta ainda é para nos vencer pelo cansaço. Mas isso não vai ocorrer, essa postura do banco só nos motiva mais. Estou farta de tanta pressão para vender e na hora de ser reconhecida a Fenaban vem com proposta de reajuste como essa (0,97% de aumento real)”, critica uma bancária.
Outro empregado afirma que seriam necessários, ao menos, mais seis trabalhadores para dar conta da demanda de sua agência. “A situação tá complicada e considero tão importante quanto o reajuste no salário que ocorra aumento no número de empregados. Acho um desrespeito enorme a Caixa não tratar disso com a urgência que merece. Tenho diversos colegas tomando remédio e isto ocorre tanto pela pressão diária para atender à população quanto pelo receio de perder a comissão se alguma chefia 
achar que você tá ‘pisando na bola’”.
O diretor executivo do Sindicato Kardec de Jesus lembra que tanto a agilidade na contratação de mais bancários quanto criar regras para o descomissonamento constam da pauta específica dos empregados entregue à Caixa Federal. “A greve é forte em todos os bancos, mas na Caixa a luta também é pela valorização dos trabalhadores pela direção do banco público e por aumento real maior na mesa geral da Fenaban.”
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Jair Rosa - 8/10/2013
