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HSBC mantém condições precárias e perigo no Casp

Linha fina
Trabalhadores enfrentam infiltrações, problemas no esgoto, pombas e ratos no Centro Administrativo São Paulo. Teto já desabou onde dezenas trabalhavam, em 2011
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São Paulo – “Um total desrespeito com o trabalhador” é a postura do HSBC com relação à estrutura precária do Centro Administrativo São Paulo (Casp), segundo o dirigente sindical Paulo Sobrinho. Os bancários da concentração, localizada na zona oeste da capital paulista, têm de enfrentar na já dura rotina de trabalho, goteiras, a presença de ratos, pombas, insetos e fedor de esgoto.

Representantes do Sindicato reuniram-se com o gerente do centro administrativo, em 6 de março, para solicitar providências imediatas, devido aos perigos a que estão expostos os bancários. Reclamação também foi feita para a sede do HSBC, em Curitiba. Porém, ainda não houve resposta concreta para a situação, que se arrasta há algum tempo, de acordo com Paulo Sobrinho.

“O banco não se pronunciou, ou seja, estão fingindo que nada está acontecendo. O Sindicato manterá a luta pela defesa da dignidade nas condições de trabalho. Já pedimos fiscalização junto ao Tribunal Regional do Trabalho e vamos continuar a cobrar.”

Goteiras – “Os funcionários do segundo andar do prédio TSU, onde funciona departamento de manutenção de contas, estão com balde em cima da bancada por conta das infiltrações”, descreve o dirigente sindical.

Na reunião com o Sindicato, o gerente afirmou que a água cai sobre a laje, não representando perigo. Entretanto, esse teto já desabou, em 2011. Na ocasião, depois de chuva, placas de gesso e telhas caíram sobre as mesas dos bancários. Houve feridos.

“Na correria, inclusive uma bancária foi pisoteada, se machucou bastante e teve de tirar licença”, lembra Paulo Sobrinho. “Cai muita água, não dá para negar que há um problema sério, ainda mais que a história mostra a fragilidade da estrutura.”

Infestações e mau cheiro – Outra preocupação são os pombos que se movimentam no forro do edifício. Ratos e insetos também aparecem com frequência no local, que conta com cerca de 1,1 mil trabalhadores.

“Os bancários estão expostos a péssimas condições de trabalho e sujeitos a doenças sérias. Isso é muito grave”, reforça o dirigente.

Representantes do Sindicato também verificaram um problema na bomba que puxa o esgoto, o que causa mau cheiro: “O fedor que volta dos vasos é fortíssimo. É insuportável. Não dá.”

Paulo Sobrinho lembra, ainda, que a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, a Cipa, tem um papel importante numa situação como essa, na prevenção de acidentes e doenças, na preservação da vida e na promoção da saúde do trabalhador.


Mariana de Castro Alves – 13/3/2014

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