São Paulo - O maior aumento real não escalonado desde 1995. Valorização do piso com ganho real de 2,5%. Reajuste mais alto, de 12,2% para o vale-refeição. Cláusula para combater as metas abusivas.
Por mais um ano consecutivo os bancários foram à luta e conseguiram arrancar dos bancos proposta com aumento real e outros avanços. Em negociação na sexta 3, a Fenaban apresentou índice de reajuste para salários, PLR, vale-alimentação e auxílios de 8,5% (aumento real de 2,02%). Para o piso, 9% (ganho real de 2,5%). O vale-refeição será reajustado em 12,2%, o que significa 5,5% de aumento real, elevando o valor dos atuais R$ 23,18 para R$ 26 ao dia. O vale-alimentação passa de R$ 397,36 ao mês para R$ 431,16, mesmo valor da 13ª cesta. Quem juntar VR e VA passará a receber R$ 1.003,16. Todos os valores serão pagos retroativos a 1º de setembro, data base da categoria.
A assembleia dos bancos privados, realizada na segunda 6, aprovou a proposta por unanimidade (foto). As específicas de Banco do Brasil e Caixa Federal também foram aprovadas no mesmo dia.
> Acaba greve na Caixa Federal
> Proposta aprovada no Banco do Brasil
“Mesmo diante de um setor que tenta sempre economizar às custas dos seus empregados, conseguimos aumentos reais maiores tanto nos salários quanto no piso, além do um reajuste expressivo para o vale-refeição que foi uma das principais demandas apresentadas pelos bancários em consulta feita pelo Sindicato em julho”, afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira. “Também avançamos em questões fundamentais para os trabalhadores em saúde e condições de trabalho, além do não desconto dos dias parados. Isso é resultado da união dos bancários de instituições públicas e privadas de todo o país, ao lado de seus sindicatos. Mais uma vez os trabalhadores estão de parabéns!”, reforça a dirigente, lembrando da luta realizada durante uma semana e que foi estratégica. “Paramos áreas importantes dos bancos para que nossa greve se resolvesse da forma mais rápida possível e conseguimos. É um absurdo que nós, que atuamos no setor mais lucrativo do país, tenhamos de paralisar as atividades para ver atendidas nossas justas reivindicações.”
> Aumento real maior que outras categorias
> Dias parados não serão descontados
Metas – Pela primeira vez a categoria conseguiu o reconhecimento por parte dos bancos, do problema com as metas. “E o Sindicato vai cobrar de cada banco providências em relação a isso”, destaca Juvandia.
> Cláusula para acabar com as metas
HSBC – Após cobrança do movimento sindicato, o HSBC – que teve prejuízo no primeiro semestre de 2014 –, vai pagar R$ 3 mil de participação nos resultados do trabalho para os funcionários. O valor de R$ 2 mil será pago agora, junto com a antecipação da PLR dos demais bancários, e os outros R$ 1 mil em fevereiro de 2015.
Itaú – Na antecipação da PLR, os funcionários do Itaú receberão também do Programa Complementar de Remuneração (PCR) de R$ 2.080.
Cláudia Motta - 6/10/2014
(Atualizada às 21h57)
Linha fina
Trabalhadores de bancos privados, BB e Caixa aprovam proposta arrancada da Fenaban que prevê aumento real maior, valorização do piso, vale-refeição, além de cláusula para combater abuso das metas. Nos públicos, reajuste mais alto no salário base vai ter reflexo em toda curva do PCCS
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