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Itaú lucra R$ 5,4 bilhões no terceiro trimestre

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Crescimento foi de 35,7% em relação a mesmo período do ano passado. De janeiro e setembro, banco já lucrou R$ 14,9 bi, aumento de 34,1% sobre 2013
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São Paulo – O lucro líquido recorrente do Itaú alcançou R$ 14,959 bilhões nos primeiros nove meses de 2014, crescimento de 34,1% em relação ao mesmo período de 2013. Apenas no terceiro trimestre, o lucro foi de R$ 5,457 bilhões, alta de 35,7% quando comparado ao resultado do terceiro trimestre do ano passado. As informações constam no balanço do banco divulgado na terça-feira 4.

O patrimônio líquido chegou a R$ 90,8 bilhões, crescimento de 5,6% em relação ao trimestre anterior e de 16% sobre o terceiro trimestre de 2013. A rentabilidade anual alcançou 24,7% entre julho e setembro, ante 20,9% no mesmo período do ano passado. Com esse padrão de rentabilidade, o Itaú dobraria seu patrimônio líquido em quatro anos.

Apenas com as receitas provenientes de serviços e tarifas bancárias, o banco cobre em 138% sua folha de pessoal. Há um ano a cobertura era de 132%. Essa receita chegou a R$ 18,952 bilhões nos nove primeiros meses do ano, alta de 17,6% em relação ao mesmo período de 2013.

Apesar do crescimento do lucro, da rentabilidade e do aumento da receita de tarifas, o maior banco privado do país não cria empregos. O número de trabalhadores chegou a 87.132 ao final de setembro, o que representa queda de 308 postos de trabalho em doze meses e de 288 apenas nos últimos três meses. Isso já considerando os 1.194 trabalhadores incorporados da Credicard.

"Diante de tanta lucratividade o banco tem condições, sim, de atender às nossas reivindicações por mais contratações, pois as agências continuam com número reduzido de trabalhadores, além de promover melhorias nas condições de trabalho”, ressalta a diretora executiva do Sindicato e funcionária do Itaú Marta Soares.

Crédito – As receitas de operações de crédito tiveram crescimento de 13% em relação aos primeiros nove meses de 2013. Em 30 de setembro de 2014, a carteira de crédito total alcançou o saldo de R$ 536,287 bilhões, aumento de 3,4% em relação ao segundo trimestre do ano e de 11,5% em relação ao terceiro trimestre de 2013.

No segmento de pessoas físicas, destacaram-se, os crescimentos nas carteiras de crédito de menor risco: consignado, com evoluções de 21,9% no trimestre e 77,1% no período de doze meses; e imobiliário, com evoluções de 4,9% e 22,4%, respectivamente.

No segmento de pessoa jurídica, a carteira de grandes empresas cresceu 3,7% em relação ao trimestre anterior e 13,9% nos últimos doze meses. Já a de micro, pequenas e médias empresas reduziu-se em 0,1% no terceiro trimestre de 2014 e em 3,5% em relação ao terceiro trimestre de 2013.

Inadimplência – Ao final do terceiro trimestre deste ano, o índice de inadimplência das operações vencidas acima de 90 dias foi de 3,2%, com redução de 0,2 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e de 0,7 ponto percentual em relação a setembro de 2013. Foi o menor nível histórico desde a fusão entre Itaú e Unibanco, em novembro de 2008. A despesa de provisão para créditos de liquidação duvidosa foi de R$ 13,457 bilhões, com queda de 6,5%.


Andréa Ponte Souza – 4/11/2014

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