São Paulo - O Sindicato emitiu nota na tarde de sexta-feira 28 sobre a equipe econômica do governo federal a partir de 2015, anunciada pela presidenta Dilma Rousseff na quinta 27. Foram escolhidos Joaquim Levy, para o minstério da Fazenda; Nelson Barbosa, para o Planejamento. Alexandre Tombini permanece no comando do Banco Central. Leia abaixo.
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O que esperamos do novo governo é crescimento econômico com inclusão social
A partir de 2003, após duas décadas de desorganização econômica e retrocesso social, o Brasil retomou um projeto nacional de desenvolvimento com os governos Lula e Dilma. Esse projeto esteve assentado na rejeição ao livre jogo de mercado e, portanto, na certeza da centralidade do papel do Estado na condução da política econômica e social.
O quadro de servidores públicos foi recomposto, a atuação das estatais foi ampliada, os bancos públicos expandiram o crédito e foram criados importantes programas como o PAC e o Minha Casa, Minha Vida. Também fizeram parte deste projeto a forte ênfase nas políticas sociais e a política de valorização do Salário Mínimo, que contribuíram para gerar o eixo central do pacto em torno do qual se deu o apoio dos movimentos sociais ao governo Dilma na ultima eleição presidencial: trata-se da manutenção do emprego.
O bom desempenho do mercado de trabalho neste período foi o principal responsável pela elevação da renda dos trabalhadores, pela enorme redução da pobreza e pela criação de milhões de oportunidades de ascensão social, notadamente para a população mais vulnerável do país. O acerto do projeto é comprovado em alguns números:
- O PIB per capita cresceu 30% acima da inflação de 2003 a 2013
- A taxa de desemprego caiu de 12,3% para os atuais 4,7%
- Mais de 20 milhões de empregos formais foram gerados
- A proporção de pobres na população caiu de 36% para 16%
- O Brasil saiu do Mapa Mundial da Fome, segundo relatório global da ONU
A presidenta Dilma Rousseff anunciou nesta quinta-feira (27) sua equipe econômica e, embora composta por um economista ortodoxo, esperamos que prevaleça o programa de governo que a elegeu, com ênfase para a realização das políticas públicas:
- A manutenção do emprego e da renda;
- O fortalecimento dos bancos públicos;
- O papel ativo do Estado na condução da economia, com vistas a recuperar o crescimento econômico com redução das desigualdades;
- A continuidade da valorização do Salário Mínimo;
- A ampliação da oferta dos serviços públicos universais e de qualidade;
- A Reforma Política, com o fim do financiamento empresarial de campanhas;
- A Reforma Tributária que garanta um sistema mais progressivo e distributivo;
- A democratização dos meios de comunicação;
- A Reforma Agrária que garanta a função social da terra e da propriedade
Se o próximo período estiver ancorado nestes pilares não há dúvidas de que o Brasil seguirá avançando em uma trajetória inclusiva e de bem estar para a classe trabalhadora.
Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região
Redação - 28/11/2014
