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São Paulo – O Projeto Atendimento está perturbando a paz de clientes e bancários. O objetivo dessa iniciativa do Bradesco é reduzir autenticações na boca do caixa por meio da triagem de usuários. São designados para essa tarefa os funcionários das agências.
Segundo a dirigente sindical Erica de Oliveira, muitos correntistas e funcionários, revoltados, têm procurado o Sindicato para denunciar que o tempo de fila aumentou excessivamente nas agências onde a novidade foi implantada.
“Alguns clientes afirmam que já chegaram a aguardar duas horas. A explicação para isso é simples: ao tirar mais da metade da bateria de caixa para fazer a triagem do lado de fora da agência, os que ficam dentro não conseguem dar conta do volume de clientes que passam pela triagem e entram na unidade”, explica Erica.
“A única coisa que eu posso dizer é que está um caos”, afirma a pedagoga e cliente de uma agência na zona leste Cleide Lorraynne. Ela acrescenta que na sua unidade bancária só tem dois caixas funcionando, um para clientes preferenciais e outro para o geral. “Antes não era assim demorado. Há uns 20 dias as filas estavam muito grandes, um senhor estava muito nervoso com a demora e deu um murro no vidro. Chamaram a polícia. Foi uma bagunça”, relata.
Com a demora nas filas, os correntistas têm utilizado os caixas eletrônicos para pagar suas contas, mas, segundo a cliente, as máquinas não conseguem suprir a demanda. “Tem seis caixas eletrônicos e só alguns fazem saques e depósitos, isso quando não estão quebradas. Nem todos fazem leitura de código de barras, muitos clientes são idosos e têm dificuldade para digitar todos aqueles números e, se errarem, têm de começar tudo de novo, e isso causa mais fila ainda.”
No dia 1º de dezembro, o Sindicato reuniu-se com o Bradesco para expressar sua preocupação e repudiar qualquer eventual corte de postos de trabalho em decorrência do projeto. Os representantes do banco garantiram que os funcionários de agências serão aproveitados em outros setores do banco e encarreirados.
> Sindicato cobra mais suporte a gerentes
Cortes - O balanço do terceiro trimestre deste ano mostra que a instituição financeira segue a tendência dos últimos anos de reduzir seu quadro de funcionários: de 101.410 em setembro de 2013 passou para 98.849 em setembro de 2014 – corte de 2.561 postos de trabalho em um ano. Ao mesmo tempo, o banco ganhou 200 mil novos correntistas.
“Temos relatos de algumas agências onde um único caixa atende simultaneamente a fila de preferenciais e a normal. É um desrespeito aos clientes e aos bancários, que ficam sobrecarregados, são culpados pela demora e sofrem ofensas.Não concordamos com esse modelo de atendimento que esfola os bancários e estressa os clientes. O Bradesco precisa rever essa prática imediatamente”, afirma Erica de Oliveira.
A correntista Cleide faz coro. “Mandam gerentes embora como se fossem estagiários, isso acaba criando uma situação em que os funcionários ficam nervosos, não dão conta, e os clientes também ficam estressados.”
Rodolfo Wrolli – 15/12/2014
Segundo a dirigente sindical Erica de Oliveira, muitos correntistas e funcionários, revoltados, têm procurado o Sindicato para denunciar que o tempo de fila aumentou excessivamente nas agências onde a novidade foi implantada.
“Alguns clientes afirmam que já chegaram a aguardar duas horas. A explicação para isso é simples: ao tirar mais da metade da bateria de caixa para fazer a triagem do lado de fora da agência, os que ficam dentro não conseguem dar conta do volume de clientes que passam pela triagem e entram na unidade”, explica Erica.
“A única coisa que eu posso dizer é que está um caos”, afirma a pedagoga e cliente de uma agência na zona leste Cleide Lorraynne. Ela acrescenta que na sua unidade bancária só tem dois caixas funcionando, um para clientes preferenciais e outro para o geral. “Antes não era assim demorado. Há uns 20 dias as filas estavam muito grandes, um senhor estava muito nervoso com a demora e deu um murro no vidro. Chamaram a polícia. Foi uma bagunça”, relata.
Com a demora nas filas, os correntistas têm utilizado os caixas eletrônicos para pagar suas contas, mas, segundo a cliente, as máquinas não conseguem suprir a demanda. “Tem seis caixas eletrônicos e só alguns fazem saques e depósitos, isso quando não estão quebradas. Nem todos fazem leitura de código de barras, muitos clientes são idosos e têm dificuldade para digitar todos aqueles números e, se errarem, têm de começar tudo de novo, e isso causa mais fila ainda.”
No dia 1º de dezembro, o Sindicato reuniu-se com o Bradesco para expressar sua preocupação e repudiar qualquer eventual corte de postos de trabalho em decorrência do projeto. Os representantes do banco garantiram que os funcionários de agências serão aproveitados em outros setores do banco e encarreirados.
> Sindicato cobra mais suporte a gerentes
Cortes - O balanço do terceiro trimestre deste ano mostra que a instituição financeira segue a tendência dos últimos anos de reduzir seu quadro de funcionários: de 101.410 em setembro de 2013 passou para 98.849 em setembro de 2014 – corte de 2.561 postos de trabalho em um ano. Ao mesmo tempo, o banco ganhou 200 mil novos correntistas.
“Temos relatos de algumas agências onde um único caixa atende simultaneamente a fila de preferenciais e a normal. É um desrespeito aos clientes e aos bancários, que ficam sobrecarregados, são culpados pela demora e sofrem ofensas.Não concordamos com esse modelo de atendimento que esfola os bancários e estressa os clientes. O Bradesco precisa rever essa prática imediatamente”, afirma Erica de Oliveira.
A correntista Cleide faz coro. “Mandam gerentes embora como se fossem estagiários, isso acaba criando uma situação em que os funcionários ficam nervosos, não dão conta, e os clientes também ficam estressados.”
Rodolfo Wrolli – 15/12/2014
