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Moção de repúdio contra ação da PM no Pinheirinho

Linha fina
Governo de São Paulo insiste em lançar mão da força policial ao invés de investir em política social

Imagem Destaque

São Paulo - O Sindicato vem a público repudiar a violência, agressão e desrespeito com a população da comunidade do Pinheirinho, na cidade paulista de São José dos Campos. Solidarizamo-nos com esses cidadãos e cobramos do Governo do Estado de São Paulo tratamento respeitoso e digno e a viabilização de moradia para todos.

O Pinheirinho tornou-se mais um trágico episódio a compor o já complexo cenário criado pelo governo paulista, desenhado pela mistura de falta de política social e excesso de ação policial.

A exemplo do que aconteceu com a expulsão, no início de janeiro, dos dependentes da região da Cracolância, no domingo 22, homens, mulheres, crianças e idosos, de 1,6 mil famílias, foram retirados à força pela Polícia Militar, da comunidade do Pinheirinho. Dias após a violenta intervenção policial – que contou até com balas de borracha e gás lacrimogênio –, os cidadãos de mais de mil famílias permanecem sem qualquer atendimento. Sem muitas opções, procuram abrigo em tendas instaladas pela prefeitura de São José, enfrentando as fortes chuvas, ou dividem espaço nos bancos e no chão da Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

Já há 30 pessoas detidas por tentar defender o teto onde viviam. Um novo confronto com policiais aconteceu na manhã de segunda-feira, tudo porque as pessoas queriam retirar seus pertences da área que está sendo demolida.

O terreno de 1 milhão de metros quadrados começou a ser ocupado em 2004 e pertence à empresa da massa falida do grupo do megaespeculador Naji Nahas. A reintegração de posse foi decidida pela Justiça no final de 2011, mas não havia data determinada para que a Polícia Militar realizasse a ação.

Para o Sindicato, os trabalhadores e trabalhadoras do Pinheirinho deveriam ter uma solução de moradia antes de se verem obrigados a enfrentar a absurda e truculenta retirada autorizada pela Justiça estadual, a despeito de um parecer contrário do Judiciário Federal. Tempo não faltou.

 O governo estadual, que desde 2004 passou pelas mãos de Geraldo Alckmin, José Serra e Geraldo Alckmin novamente (ambos do PSDB), vem acumulando episódios em que o destempero da atuação policial coroa a falta de política social que deveria resolver problemas que afetam gravemente a população. As áreas carentes são as mais diversas: da moradia à falta de saneamento básico e equipamentos de saúde pública, problemas nas áreas de educação, transporte, as eternas enchentes. Isso tem de acabar!

Acompanhe a cobertura completa da reintegração no Pinheirinho pela Rede Brasil Atual.


Redação - 24/1/2012

 

 

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