São Paulo - O banco inglês HSBC continua com sua política errada de descontar da PLR os valores devidos aos trabalhadores por conta dos programas próprios de remuneração vinculados a metas, como o Programa Semestral Variável (PSV) e o Programa Participação de Resultado (PPR).
“A atitude é um desrespeito aos trabalhadores, principais responsáveis pelos ganhos do banco. Outras instituições não descontam de seus funcionários”, afirma Liliane Fiúza, funcionário do HSBC e diretora do Sindicato.
A dirigente exemplifica como a farsa do PPR/PSV funciona em todo o país. “O banco cobra dos funcionários metas abusivas, incentivando o seu cumprimento pela remuneração via PPR e PSV. Por lei, o banco é obrigado a pagar a PLR, mas de forma descarada desconta do valor obrigatório a remuneração de seus programas específicos. Assim, por exemplo, se é devido ao funcionário R$ 5.500 de PPR/PSV, e R$ 5.500 de PLR, o bancário recebe apenas R$ 5.500. Se o valor for adiantado durante o ano, como vem acontecendo, o bancário não recebe nada, e em alguns casos, chega ao ridículo de estar devendo para o banco na segunda parcela”, denuncia.
O programa próprio PSV/PPR, não tem representante sindical há mais de três anos (como exige a lei de PLR, já que o banco desconta um programa do outro) e o HSBC de forma arbitrária impõe metas altíssimas sem discutir previamente com os representantes legítimos dos trabalhadores. “Reivindicamos que o bancário recebe a somatória de todos os programas. O banco não esclarece a regra e o funcionário se mata o ano todo. Quando chega o momento de receber, não há nada”, critica Liliane.
A dirigente lembra que quem pressiona pelas metas recebe fortunas, mas quem está na linha de frente, vendendo produtos e garantindo o crescimento do lucro do banco, é traído pelo HSBC e fica atolado em dívidas. “Acho difícil o banco cumprir a meta de se tornar uma das melhores empresas indo por esse caminho”, avalia Liliane. “Vamos nos mobilizar e lutar para reverter essa injustiça”, ressalta.
Redação - 10/01/2012