São Paulo – Os problemas com os programas próprios do HSBC (PSV e PPR) são agravados pelo CDP, sistema de avaliação anual que leva em consideração as metas atingidas pelos bancários.
Um dos elementos da avaliação é a quantidade de contas correntes abertas pelos bancários. O banco estabelece como meta, por exemplo, a abertura de 40 contas, o funcionário consegue a abertura de 70, mas o banco não aprova o limite de 50 contas e a culpa por não bater a meta recai sobre o trabalhador.
“O banco está emprestando pouco ao cliente e quem paga por não bater as metas é o funcionário que apresenta nota ruim no CDP. E isso ainda pode gerar demissões”, explica a diretora do Sindicato Liliane Fiúza. “O banco tem o direito de não emprestar, mas não pode prejudicar o bancário. O CDP, como está configurado, não é correto, é injusto”, avalia.
Nota baixa – Sindicatos de todo o país vêm recebendo denúncias de que os gestores são obrigados a rebaixar notas do CDP, mesmo que o trabalhador tenha excelente desempenho. “Funcionários do banco no Brasil todo manifestam desmotivação e indignação”, salienta Sérgio Siqueira, dirigente da Contraf-CUT.
Mobilização – Nos próximos dias, a comissão de empregados do HSBC se reunirá e o PPR/PSV estará na pauta. “Passou da hora de o banco respeitar e valorizar os seus funcionários. Caso não haja mudanças nessas injustiças, manifestações vão ocorrer em todo o país”, adverte Sérgio.
Redação – 20/1/2012
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Maneira como CDP está configurado desmotiva e torna medição injusta
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