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Falhas do Sisag são discutidas em Brasília

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Em reunião de negociação permanente com a Caixa, representantes dos trabalhadores cobraram soluções e que empregados não sejam prejudicados pelos problemas do novo sistema
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São Paulo – O Sisag (Sistema de Automação em Produtos e Serviços nas Agências) foi um dos pontos abordados durante reunião entre a Comissão Executiva de Empresa (CEE) e a direção da Caixa, na terça-feira 15, em Brasília. “A implantação do novo sistema tem causado problemas e voltamos a cobrar soluções. A Caixa desconhece o que os trabalhadores enfrentam no dia a dia por conta dessas falhas”, disse o membro da CEE Dionísio Reis Siqueira.

A reunião, que faz parte do processo de negociação permanente com o banco, abordou ainda as condições de trabalho, os problemas específicos dos tesoureiros, a expansão da rede e mais contratações, e os altos índices de desligamentos no estágio probatório em São Paulo.

Sisag – Os diretores da Caixa destacaram que o Sisag substituirá o Siapv, como parte do plano de internalizar o desenvolvimento e manutenção do sistema, até então feito por uma empresa externa, cujo contrato termina em 2013. Informaram que a implantação do Sisag está em andamento em 243 agências no país, mas que, por conta dos problemas que apresentou, sua expansão foi interrompida.

> Implantação de sistema gera problemas na Caixa

Os dirigentes sindicais cobraram que a Genap, área gestora do Sisag, acompanhe mais efetivamente sua implantação. “Os diretores da Caixa informaram que algumas correções foram feitas pela Genap remotamente, mas queremos que eles se ocupem mais diretamente desse processo”, disse Dionísio.

Os dirigentes também reivindicaram um tratamento diferenciado a esses caixas que estão usando o Sisag em caráter experimental. “Não é justo que os bancários que operam no sistema novo paguem as diferenças de caixa que são causadas por erros no Sisag. O banco tem de pensar em uma maneira de lidar com isso sem prejudicar o trabalhador”, ressaltou o dirigente.

Tesoureiros – Os trabalhadores reforçaram que o TVA (Termo de Verificação de Ambiência) não deve ser atribuição dos tesoureiros. “A Caixa voltou a cobrar mais essa tarefa dos tesoureiros, mas eles já têm excesso de atribuições e isso está além de suas funções. A Caixa informou que em 2012, por conta do TVA, os tesoureiros acharam 14 mil inconformidades em agências. De fato os problemas devem ser detectados, mas o mais adequado é que isso seja feito pela Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), que já tem essa função”, destacou Dionísio.

Os dirigentes também cobraram que o banco respeite o prazo acordado no processo de negociação e que apresente, até 31 de março, solução total para as pendências relacionadas aos tesoureiros.

Estágio probatório – A CEE também repassou ao banco as denúncias que apontam para um alto índice de desligamentos nos estágios probatórios da Gipes/SP.  Segundo os dirigentes, algumas superintendências têm apresentado uma média bem maior de desligamentos do que a nacional. A Caixa informou que o índice de demissões nesse período que corresponde aos 90 primeiros dias do recém contratado no emprego é de 0,54% no país. Segundo a instituição, foram contratados 11.046 empregados em 2012 e ocorreram 60 desligamentos. Outros 161 desligamentos foram a pedido.

Mas os trabalhadores informaram que em determinada região de São Paulo, as demissões estão em níveis discrepantes em relação aos apresentados pela empresa, e chegam ao patamar de 10%, sem ser a pedido. De acordo com Dionísio, os gestores ficaram de averiguar o problema e dar uma resposta.

Expansão e contratações – Os diretores do banco ressaltaram que até 2015 a Caixa contará com 5 mil agências em todo o país. Informaram ainda que já foram abertas 574 novas unidades em 2012 e serão inauguradas mais 500 em 2013. Destacaram ainda que em 31 de dezembro passado a empresa já contava com 92.810 empregados. “Reivindicamos que até o final de 2013 o número de bancários chegue a 99 mil. A expansão da rede deve ser feita com o número de contratações suficientes e não com sobrecarga de trabalhadores”, afirmou Dionísio.

Promoção por mérito – Durante a reunião os representantes do banco também informaram que a promoção por mérito será fechada em fevereiro. Em 21 de janeiro, o banco divulgará os resultados das avaliações e os empregados receberão os valores em fevereiro, retroativos a janeiro.

A reunião de negociação permanente volta em 21 de fevereiro.


Andréa Ponte Souza - 16/1/2013

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