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Ban Ki-moon destaca combate à desigualdade na AL

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Secretário-geral da Organização das Nações Unidas disse considerar um exemplo unidade e compromisso assumido por 33 países da Celac
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São Paulo - O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, ressaltou a unidade e o compromisso assumido pelos 33 países integrantes da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) para a solução de problemas sociais na região e os avanços na proteção aos direitos humanos.

Em discurso no primeiro dia da 2ª Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos, em Havana, Cuba, ele disse que “nos últimos 20 anos, a pobreza extrema foi reduzida à metade na América Latina e no Caribe, e muitas das convenções de direitos humanos foram inspiradas na experiência da região”. Para Ban Ki-moon, América Latina e Caribe podem dar “exemplo” ao mundo.

O sul-coreano moon parabenizou os países pela iniciativa de manter uma zona livre de armas nucleares e disse que o esforço da região para combater a violência é perceptível e também lembrou a atuação contra o tráfico de drogas.

Dilma - Também na cúpula, a presidenta Dilma Rousseff voltou a condenar as políticas de sanção impostas a Cuba pelos Estados Unidos desde 1962. Segundo ela, a participação do país caribenho nos acordos econômicos dos demais países do Caribe e da América Latina é imprescindível para a região.

“Criticamos com empenho a política de bloqueio a Cuba. Temos a convicção de que não haverá verdadeira integração econômica na América Latina e no Caribe sem Cuba”, declarou. No dia anterior, Dilma já havia dito, durante inauguração de um porto no país, que o embargo econômico é injusto.

Desde sua chegada a Havana, a presidenta se encontrou com os líderes de Cuba, Raúl Castro, e da Argentina, Cristina Kirchner.

“A presidência de Cuba na Celac mostrou mais uma vez o quanto é anacrônica essa exclusão, ao qual o Brasil sempre se opôs”, acrescentou a presidenta.

Instrumento poderoso - Dilma afirmou, também, que a Celac é um poderoso instrumento de aproximação entre os estados membros. “Nossos países têm aprendido a somar suas diferenças. No fundo, a Celac torna o Caribe mais latino-americano e a América Latina mais caribenha”, comparou. Segundo ela, a Cúpula é uma ferramenta valiosa para o diálogo da região com o resto do mundo, acrescentando que nos últimos anos foram estreitadas as relações dos países membros da Celac com diversos atores como a União Européia, a China, a Rússia e o Conselho de Cooperação do Golfo.

De acordo com Dilma, os países da América Latina crescem comprometidos com a distribuição de renda e com atração de investimentos, citando dados da Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe) e da OIT (Organização Internacional do Trabalho) sobre a queda do percentual de pessoas na pobreza na região, de 48% para 28%, e pobreza extrema, 22,6% para 11,5%.

Dilma terminou seu discurso dando as boas-vindas ao país que vai assumir a presidência da Celac. “Estou certa de que a nossa querida companheira da Costa Rica,  Laura Chinchila, terá o mesmo êxito na presidência da Celac. O Brasil acredita na Celac”, disse.


Leandra Felipe e Paulo Victor Chagas, da agência Brasil, com edição da Redação - 29/1/2014

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