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Centrais farão ato pela pauta dos trabalhadores

Linha fina
Também será cobrada audiência em caráter de urgência com presidenta Dilma, para tratar das reivindicações entregues ao governo federal em 2013
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São Paulo – A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e demais centrais sindicais realizarão um ato unificado no dia 9 de abril para cobrar respostas sobre a pauta dos trabalhadores, documento entregue à presidenta Dilma Rousseff em 2013 e ao Congresso, mas que ainda não avançou.

A manifestação, ainda sem local e horário definidos, foi decidida durante a primeira reunião das centrais em 2014, ocorrida nessa quarta 15, na sede da CUT, em São Paulo.

Entre as reivindicações, a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais sem redução de salário; o fim do fator previdenciário instituído no governo FHC que rebaixa as aposentadorias; o combate ao  PL 4330, que legaliza a terceirização fraudulenta; e a regulamentação da negociação com os servidores públicos.

As centrais também decidiram cobrar uma audiência com a presidenta até o final de janeiro para discutir os temas que os trabalhadores não abrem mão de ver avançar.

“Essa reunião reafirmou a unidade da classe trabalhadora. Independentemente das eleições, iremos manter a pressão e a mobilização para que as propostas que começamos a discutir em 2013 tenham um desdobramento”, afirmou o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre.

Eleições – Também foi definido que as centrais construirão uma agenda unitária para entregar aos candidatos. Segundo Sérgio Nobre, o momento é propício para os trabalhadores apresentarem uma avaliação sobre a conjuntura e colocar na mesa as expectativas em relação ao próximo governo. “Temos preocupação com a política econômica e industrial: não concordamos com o aumento de juros, não concordamos que o Brasil faça o inverso dos países mais desenvolvidos, importando produtos de alta tecnologia e exportando manufaturados. Porque esse cenário compromete o nosso desenvolvimento. Queremos ainda que a reforma agrária ande, que o governo tome medidas para combater a rotatividade e não aceitaremos retrocessos na política de valorização do salário mínimo”, disse.

Mínimo – Negociada desde a gestão Lula, a política de valorização do salário mínimo foi instituída por meio da Lei 12.382, de 2011, e determina que o mínimo seja reajustado anualmente com base na inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), nos 12 meses anteriores, com percentual de aumento real (acima da inflação) calculado a partir da variação do Produto Interno Bruto (PIB), apurado pelo IBGE. Essa regra vale apenas até este ano e os trabalhadores querem que a valorização se mantenha. “Isso é muito importante para nós, foi a valorização do salário mínimo que impulsionou o consumo e a produção nacional, com papel muito importante no crescimento do PIB”, observou Nobre.

Copa – Os sindicalistas também criticaram a proposta de um contrato trabalhista de curta duração costurado entre o governo e empresários, com o argumento de suprir as demandas para grandes eventos como a Copa do Mundo. O modelo, que permitiria ao empregador contratar por até 14 dias em um mês e 60 dias em um ano sem necessidade de assinar a carteira de trabalho, foi rechaçado pelas centrais, que irão apresentar uma contraproposta.


Redação com informações da CUT e Rede Brasil Atual – 15/1/2014

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