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Cassi: diretores do BB dão garantias

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Em negociação importante, representantes do banco se comprometem a manter atendimento e outros direitos sem aumentar contribuição agora
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São Paulo – Representantes do Banco do Brasil garantiram que o atendimento aos associados da Cassi será totalmente preservado, eventuais problemas de caixa serão resolvidos e todos os programas em vigor serão mantidos, como distribuição de medicamentos, atendimento domiciliar e tratamento de doentes crônicos. As garantias foram dadas durante a rodada de negociação entre entidades representativas dos usuários e o banco, na terça-feira 19, em Brasília.

> Vídeo: entenda o que foi acertado

Os representantes do BB também descartaram a possibilidade de alterar, neste momento, o plano de custeio e o estatuto da Cassi para aumentar as contribuições dos associados e do banco.

O Plano de Associados terminou o exercício de 2015 com déficit, consumindo parte significativa das reservas livres. Para reduzir o impacto dessa situação, a Cassi deverá fazer um trabalho interno proposto pela direção do BB e poderá adotar algumas práticas para solucionar o déficit atual. Essas medidas serão feitas em comum acordo com os diretores eleitos pelos associados e passarão por todos os trâmites da governança corporativa da caixa de assistência.

Outro trabalho interno da Cassi a ser feito conjuntamente pelos dirigentes eleitos e indicados, é o começo da implantação das medidas estruturantes propostas pelos eleitos e defendidas pelo movimento sindical. As propostas foram referendadas pelo Congresso dos Funcionários do Banco do Brasil.

Na primeira fase serão priorizadas a regulação e os controles para administrar os custos sem precisar onerar os associados. Após essa fase inicial, serão aplicados todos os esforços conjuntos para implementação efetiva do modelo assistência do Estratégia Saúde de Família, conforme proposto pelos eleitos. Vencida essa etapa emergencial, ficará mais claro se há ou não necessidade de rever o custeio do Plano de Associados.

Encerrada a mesa de negociação, os representantes do BB reuniram-se com os diretores eleitos da Cassi para discutir o orçamento da caixa de assistência para 2016, com base nos pressupostos discutidos na mesa de negociação e iniciar os debates do projeto de medidas estruturantes, para em uma próxima reunião com a comissão negociadora apresentar os custos e cronogramas necessários.

“Desta vez o banco mudou sua postura nas negociações e levou em conta os questionamentos apresentados pelos representantes dos associados. Somente desta maneira poderemos encontrar soluções satisfatórias aos problemas da Cassi sem onerar os associados”, ressalta João Fukunaga, diretor do Sindicato e representante da Fetec-CUT/SP nas negociações.

Outro dado importante, ainda segundo o dirigente, foi o compromisso do diretor Carlos Célio, da Diref, perante a Comissão de Negociação, de que nenhum direito dos associados será cortado, nenhum prestador ficará sem pagamento e por fim, não haverá nenhum corte nos programas da Cassi.

Decisão correta – A Contraf e sindicatos reforçam que a recusa em aceitar aumento de contribuição dos associados em até 54% foi uma decisão correta. Conforme os sindicalistas argumentam, primeiro é preciso que a Cassi adote as medidas estruturantes já debatidas, que podem gerar economia de despesas sem atrapalhar o atendimento. E principalmente o banco deve se comprometer com os projetos dos eleitos sobre Modelo de Atendimento Integral de Saúde, por meio do Estratégia Saúde da Família, conforme proposto e defendido pelo movimento sindical.

“Depois será possível discutir o custeio, mas com base no resultado dessas medidas. Não se pode passar o carro na frente dos bois, como propunham alguns representantes de entidades” afirma João Fukunaga.

O dirigente ressalta que o movimento sindical está atento aos movimentos do BB, de forma a preservar os direitos dos associados. “Não iremos aceitar nenhuma perda de direito, nem de programas importantes da Cassi. Isso foi dito claramente para a direção do BB. Toda e qualquer proposta sobre a caixa da assistência deve passar pelos eleitos, e não abrimos mão dessa conquista dos trabalhadores” afirma João Fukunaga.


Redação – 19/1/2015 
 
 
 
 
 
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