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Contraf-CUT completa dez anos de luta

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Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro é resultado da organização da categoria e representa cerca 480 mil funcionários de instituições públicas e privadas
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São Paulo – A Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) completou dez anos de fundação na terça-feira 26 com saldo extremamente positivo: congrega 115 sindicatos e oito federações filiadas, representando cerca de 90% da categoria em todo o país.

Roberto von der Osten, presidente da entidade, considera que essa grande representatividade é reflexo da manutenção dos princípios que nortearam a criação do embrionário DNB (Departamento Nacional dos Bancários): unidade, mobilização e democracia. “Essas três condições são cada vez mais essenciais nos dias atuais. A categoria tem de se manter coesa para lutar por melhores condições de trabalho, na defesa do emprego, para conquistar valorização profissional e se organizar na defesa dos direitos não apenas dos bancários, mas de todos os trabalhadores.”

Fundação – A Contraf-CUT é resultado de mais de trinta anos de luta e aprimoramento da organização sindical bancária. Ela remonta ao início dos anos 1980, quando apenas a Contec (Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito) tinha a prerrogativa de assinar acordos coletivos com as instituições financeiras.

O primeiro passo para uma organização alternativa e, ao mesmo tempo, mais representativa ocorreu com a criação do DNB (Departamento Nacional dos Bancários), em 1985, cuja atuação foi essencial para a primeira greve nacional (naquele ano) da categoria após o regime militar.

O DNB atuou até 1992 quando foi substituído pela Confederação Nacional dos Bancários (CNB-CUT) que por sua vez deu lugar à Contraf-CUT, em 2006, e formalmente reconhecida pelo Ministério do Trabalho e Emprego em 24 de junho de 2008.

“A Contraf-CUT representa o início da pluralidade na representação sindical em nosso país pois, além da Contec, também passou a assinar acordos formais com os bancos. O que é correto, pois representa cerca de 90% da categoria bancária, 480 mil trabalhadores. Ela também tem papel essencial na  coordenação do Comando Nacional dos Bancários, que conta com representantes da CUT e de outras centrais sindicais”, afirma o presidenta da CUT e ex-presidente da CNB e da Contraf-CUT, Vagner Freitas. “Quando fizemos essa transição de CNB para Contraf nosso objetivo também era o de ampliar o leque de representação abrangendo profissionais de todo o ramo financeiro, além dos bancários. Essa condição é buscada até hoje por outros segmentos de trabalhadores filiados à CUT.”  

Conquistas – Nesses dez anos de fundação novos avanços foram assegurados, como as assinaturas dos acordos aditivos à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) do Banco do Brasil e da Caixa Federal, o valor adicional da Participação nos Lucros e Resultados, a 13ª cesta, a ampliação da licença-maternidade para 180 dias, o instrumento de combate ao assédio moral, o vale-cultura, entre outros.

A presidenta do Sindicato e vice-presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, ressalta: “A Contraf-CUT está completando 10 anos de uma experiência exitosa e é um exemplo de organização para a classe trabalhadora do Brasil. A categoria bancária é uma das poucas que tem essa organização nacional, que negocia uma convenção coletiva válida para todo o país. Por isso, os bancários do Brasil inteiro estão de parabéns por ter construído uma organização tão forte e tão bonita como é a Contraf-CUT”.

Além de Vagner Freitas e Roberto von der Osten, ocuparam a presidência da Contraf o ex-presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino, e Carlos Cordeiro.


Jair Rosa – 26/1/2016
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