Com 60,70% dos votos válidos, Kelly Quirino foi eleita em primeiro turno para representar os funcionários no Conselho de Administração do Banco do Brasil (Caref). O cargo tem como missão levar a visão, propostas e questionamentos dos trabalhadores até a alta administração do Banco do Brasil. O mandato de Kelly começa em abril de 2023, e terá duração de dois anos.
Além do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Kelly Quirino teve o apoio da grande maioria dos sindicatos de bancários e da Contraf-CUT para o cargo.
“A vitória de Kelly Quirino para a eleição do Caref, representa a vitória de um novo tempo; o tempo de um novo olhar para as questões do funcionalismo em relação à diversidade, à inclusão de todas e todos, e à uma nova cultura organizacional, fortalecendo a voz das trabalhadoras e dos trabalhadores, indistintos de sua orientação cultural, étnica, racial, gênero e sexualidade. Parabéns aos funcionários e funcionárias.”
Getúlio Maciel, dirigente do Sindicato e representante da Fetec-CUT/SP na CEBB
Quem é Kelly Quirino
Kelly é bancária do BB há 15 anos, atuou por 10 anos na Fundação BB e hoje trabalha na Diretoria de Marketing e Comunicação (Dimac) do banco. Além disso, é pesquisadora associada ao Intercom nas áreas de jornalismo impresso e jornalismo especializado. Em 2020, foi eleita uma das 115 mulheres referência na luta antirracista no Brasil. É doutora em Comunicação pela Universidade de Brasília (UnB) e mestre em Comunicação Midiática pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp).
“Além de sua experiência profissional, a Kelly é uma defensora ativa de questões sociais importantes, especialmente em relação à luta pela diversidade e inclusão. Acho que a sua voz e o seu compromisso com a justiça social serão valiosos para o conselho de administração e para o banco como um todo”, destaca Débora Fonseca, atual Caref do BB, que apoia Kelly Quirino para sucedê-la no cardo.
Plataforma
A principal plataforma da candidata ao Caref é a defesa do Banco do Brasil como instituição pública, fortalecendo o BB como agente redutor das desigualdades. Kelly também defende a criação de um comitê de Diversidade e Inclusão, vinculado à presidência do banco, com representantes dos funcionários.
Apesar de o Caref ser impedido, pela legislação, de votar em pautas que envolvam questões funcionais no Conselho de Administração, o cargo tem acesso garantido a relatórios de auditorias, controladoria e das próprias discussões no conselho e pode colaborar nas ações para valorização das trabalhadoras e trabalhadores, com igualdade de oportunidades dentro do banco.
“No CA a estratégia proposta definirá os meios do seu alcance, aí estará nossa contribuição determinada a restabelecer uma gestão humanizada e respeitosa para com as funcionárias, funcionários e fornecedores do banco”, explica Kelly, que também pretende fomentar a valorização das trabalhadoras e trabalhadores com a igualdade de oportunidades dentro do banco, independente de gênero, cor, idade, orientação sexual ou escolha religiosa. “Precisamos aumentar a nossa representatividade, inclusive com mais mulheres exercendo funções do alto escalão do BB”, pondera.