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Decisão judicial para Nossa Caixa será questionada

Linha fina
Sindicato entrará com medidas judiciais contra despacho de juiz. Tentativa de acordo feita com BB, para pagamento da ação 1331/90, não foi aceita
Imagem Destaque
São Paulo - A tentativa de acordo entre Banco do Brasil e Sindicato, para pagamento da ação 1331/90, em benefício de trabalhadores da Nossa Caixa, não foi aceito, de acordo com decisão do juiz substituto Carlos Eduardo Ferreira de Souza Duarte Saad, publicada na Imprensa Oficial do Estado na sexta-feira 6.
Muito embora as partes não tenham chegado a assinar o acordo, o magistrado afastou qualquer possibilidade de pagamento, mesmo com a aprovação dos bancários em assembléia realizada em 11 de dezembro de 2014. As tratativas entre Sindicato e Banco do Brasil previam o pagamento de R$ 100 milhões a 1.976 bancários da extinta Nossa Caixa que tinham duas horas extras pré-contratadas entre outubro de 1986 e junho de 1990, colocando fim a uma ação que já durava 24 anos.
“O Sindicato ingressará com as medidas judiciais cabíveis, para assegurar o direito de o Sindicato negociar uma solução mais rápida, haja vista que o processo tramita há mais de 24 anos, já que é o legítimo representante dos trabalhadores seja em ações coletivas ou para firmar acordos com as empresas, sempre tendo em vista seu papel principal que é fazer valer o melhor para os bancários”, afirma a dirigente executiva da entidade Raquel Kacelnikas.
A diretora Raquel esclarece ainda que “o ingresso de execuções individuais por meio de advogados particulares pode tumultuar o andamento do feito atrasando ainda mais o término do processo”.

Dando seguimento normal ao processo, a juíza Camille Macedo marcou audiência entre as partes para sexta 20.

Boatos – Uma série de boatos estão sendo plantados nas redes sociais para confundir os trabalhadores. “Todos devem permanecer atentos. Afinal, a quem interessa tentar desacreditar uma entidade que há mais de 90 anos representa uma das categorias mais fortes do país, detentora de uma das melhores convenções coletivas de trabalho e com milhões de reais recuperados para os trabalhadores todos os anos”, alerta Raquel, lembrando que há advogados interessados no lucro que podem obter caso essas ações sejam ingressadas individualmente e não por meio do Sindicato. “Não há mais o que se falar em termos de conciliação entre as partes, mas vamos continuar essa luta e os trabalhadores serão informados sobre todos os passos”, avisa Raquel. “Toda e qualquer informação deve ser confirmada no Sindicato, já que temos plantão jurídico às sextas feiras, das 9h às 18h para atender bancários que precisam de esclarecimentos.”

Redação - 11/2/2015
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