Nesta quinta 6, bancários do BB de todo o país protestaram contra a reestruturação imposta pela direção do banco público. Em Dia Nacional de Luta, trabalhadores vestiram preto e participaram de reuniões de mobilização nos locais de trabalho.
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As mudanças no plano de carreira e salários dos funcionários, anunciadas pelo BB na segunda 3, reduzem em média 18% o valor de referência (VR) das gratificações, extinguem cargos e criam outros. Além disso, a direção do banco extinguiu o acréscimo salarial na ascensão do módulo básico para o avançado, o que revoltou bancários da rede de agências e unidades de negócios.
“Em São Paulo e demais cidades da base do Sindicato a adesão ao Dia Nacional de Luta foi muito grande, o que reflete a indignação dos trabalhadores de todo o Brasil. Os bancários sentem, com toda razão, que não são valorizados e que o discurso meritocrático que o banco tenta vender, de ascensão profissional a partir de critérios transparentes, é uma grande mentira”, relata o dirigente da Fetec-SP e membro da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, Getúlio Maciel.
Além de vestirem roupas pretas, funcionários protestaram nas redes sociais com fotos das manifestações acompanhadas da hashtag #deformaBB, uma alusão ao nome do projeto de mudanças implementado pelo BB, batizado de “Performa”.
PLR
Getúlio explica ainda que, ao reduzir o valor de referência (VR), o BB reduzirá também o valor de PLR pago aos bancários. “Como a PLR é paga com base no VR de gratificação, ela poderá ser reduzida.”
Dia 12 tem mais
Na próxima quarta 12 será realizado novo protesto contra o ataque da direção do BB às carreiras e salários dos seus funcionários. Na data, será distribuída uma edição especial do jornal O Espelho, produzida pela Contraf-CUT, na qual serão detalhadas as perdas na remuneração, PLR e mudanças na Gestão de Desempenho Profissional (GDP).
“A direção do BB tenta vender a ideia de que os funcionários sairão ganhando com as mudanças impostas de forma unilateral, sem qualquer negociação com a representação dos trabalhadores. Uma grande enganação, facilmente desmascarada quando analisadas as medidas da atual direção do banco. O que se objetiva é a redução salarial. Esse ataque aos bancários do BB, somado às ameaças de privatização, é uma prévia do que enfrentaremos na Campanha Nacional deste ano. É preciso mostrar a força da nossa mobilização e unidade desde já. Só assim evitaremos retrocessos nos nossos direitos. Só a luta nos garante e juntos somos mais fortes”, conclui Getúlio.
Assista abaixo ao vídeo em que o diretor do Sindicato e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, João Fukunaga, fala sobre os prejuízos da reestruturação para os funcionários do BB, comenta os protestos desta quinta 6 e convoca para os atos marcados para a próxima quarta 12: