Ocorreu nesta quinta-feira, 21 de agosto, em São Paulo, a abertura solene conjunta do 35º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (CNFBB) e do 40º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef). Participaram também representantes dos trabalhadores do Banco do Nordeste do Brasil e do Banco da Amazônia, que já realizaram os seus congressos.
Na sua fala, que abriu a solenidade, a presidenta do Sindicato e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, Neiva Ribeiro, enfatizou a importância da luta dos bancários, de bancos públicos e privados, e da classe trabalhadora como um todo, na defesa da soberania nacional e da democracia.
“Acho que nós nunca fizemos uma Conferência, nossos congressos, sob ataque de uma nação imperialista, que tem muito poder econômico. Defender a nossa soberania nacional é das tarefas mais importantes. Sem soberania não temos democracia, não temos negociação coletiva, não podemos lutar por direitos tão importantes para a categoria e para a sociedade”
Neiva Ribeiro, presidenta do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região
“Nossa luta está envolta em organização, mobilização, disputa da comunicação, disputa de consciência, e a gente não faz isso se não tivermos um país democrático. Temos uma tarefa muito grande de, além das nossas pautas específicas, fazermos essa defesa (...) A defesa da nossa soberania, da nossa democracia, vai passar pelos nossos fóruns. Estaremos dispostos, à frente deste debate, como sempre estivemos nos momentos mais difíceis da história”, acrescentou.
Por sua vez, na fala que encerrou a abertura conjunta dos congressos dos bancos públicos, a presidenta da Contraf-CUT e também coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira, ressaltou a importância da defesa dos bancos públicos. “Temos muitas pautas corporativas, e temos que tratar delas, mas não podemos esquecer que é nossa missão defender os bancos públicos, que estão sob ataque. Assim como os nossos direitos e a nossa soberania estão sob ataque”, pontuou.
“A nossa luta é por um Brasil democrático, soberano, com empresas públicas fortes, que distribua renda. E a nossa unidade nacional é o nosso maior patrimônio (...) Viva os bancos públicos, viva as empresas públicas, viva o Brasil e viva o povo brasileiro”, desta forma a presidenta da Contraf-CUT declarou abertos os congressos dos bancos públicos.
35º CNFBB
Na sua intervenção, Fernanda Lopes, coordenadora da CEBB (Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil), citou os ataques recentes de parlamentares da extrema-direita contra o Banco do Brasil.
“Hoje mesmo recebemos um vídeo, feito por um advogado de um deputado fascista, que não vou nem citar o nome, que manda que os correntistas fechem as contas no Banco do Brasil. Os bancos públicos continuam sob ataque. Quando atacam o BB, estão atacando todos os brasileiros que precisam do Banco do Brasil para fomentar a agricultura familiar, que é quem coloca comida na boca do povo brasileiro”, enfatizou.
A coordenadora da CEBB também reforçou a importância da unidade dos bancários e bancárias na defesa dos bancos públicos e dos direitos. “A unidade é o que nos fortalece. Nós estamos aqui juntos e sabemos tudo o que passamos. E continuamos aqui fortes e unidos. A unidade é o mais importante. Eles vão continuar nos atacando, mas a gente vai continuar resistindo e vamos chegar cada vez mais fortes do outro lado”, concluiu.
A programação do 35º CNFBB segue, na sexta 22, com as mesas de debates Análise de Conjuntura e o Papel do Banco do Brasil; Previ: O Papel dos Associados na Gestão dos Fundos de Pensão; Saúde e as Negociações do Custeio da Cassi; além da plenária final.
40º Conecef
O coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), Felipe Pacheco, iniciou sua fala citando a importância da Caixa para o Brasil e para os brasileiros. “A Caixa é um instrumento muito importante na questão das políticas públicas. É um instrumento de redução das desigualdades, tanto sociais quanto regionais. Temos muito orgulho.”
O dirigente também citou duas grandes lutas enfrentadas pelos empregados da Caixa: o Saúde Caixa e a transformação digital pela qual o banco está passando.
“Temos dois grandes assuntos este ano. A questão do Saúde Caixa, com a nossa proposta de reajuste zero, na qual temos que estar engajados; e a transformação digital, com o banco passando por um processo de fechamento de agências. É fundamental que a Caixa esteja engajada no atendimento da população. Queremos, no futuro, uma Caixa solidária e humana. Viva os trabalhadores da Caixa e viva todos os bancos públicos”, concluiu Felipe Pacheco.
Os trabalhos do 40º Conecef começaram antes mesmo da abertura solene conjunta. Durante a tarde desta quinta-feira 21 foi realizada a leitura e votação do regimento interno do 40º Conecef; a leitura do manifesto da Contraf-CUT de tolerância zero para casos de violência e assédio; e os delegados que representam os empregados da Caixa realizaram debates em grupos sobre Saúde Caixa, Funcef, Condições de Trabalho e Defesa da Caixa 100% Pública.
Na sexta-feira 22 a programação segue com as mesas de debates sobre Saúde Caixa, Saúde e Condições de Trabalho; Inteligência Artificial, Bancos Digitais e Futuro da Caixa; Funcef e Defesa da Caixa 100% Pública; além da plenária final.
