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Pão e Rosas retrata luta dos faxineiros nos EUA

Linha fina
Filme remonta, de forma ficcional, ao contexto real do movimento ocorrido nos anos 1980 e do qual ativista Stephen Lerner fez parte
Imagem Destaque

São Paulo – O debate com o ativista americano Stephen Lerner, promovido pelo Sindicato, teve como tema o recente Ocupe Wall Street, movimento contra a ganância do sistema financeiro que iniciou em setembro de 2011 e rapidamente se espalhou pelo país e outras cidades do mundo. Mas a trajetória de Lerner iniciou bem antes das ocupações que tomaram o coração financeiro dos Estados Unidos, epicentro, em 2008, da crise econômica mundial. Ele foi um dos militantes que, nos anos 1980, ajudaram a organizar os trabalhadores do setor de faxina no país.

> Ocupar para combater a concentração da riqueza
> Vídeo: palestra com Stephen Lerner no Sindicato

Formado em boa parte por imigrantes, o contingente de empregados da limpeza de prédios comerciais nos EUA era o exemplo perfeito da exploração desmedida do trabalho pelo capital. Além dos baixos salários e da ausência de direitos básicos como assistência médica, esses trabalhadores nem sequer eram sindicalizados e qualquer tentativa de organização enfrentava forte resistência patronal. A situação é muito bem retratada no tocante Pão e Rosas (Bread and Roses, 2000), do cineasta britânico de origem operária Ken Loach.

A partir do drama vivido pelos personagens centrais, as irmãs mexicanas Maya (Pilar Padilla) e Rosa (Elpidia Carrillo) e o ativista americano Sam (Adrien Brody), o filme conta um pouco da luta desses trabalhadores para criar um sindicato.

A história se passa em Los Angeles. Maya, imigrante que trabalha como faxineira, conhece Sam e se lança na luta por direitos trabalhistas, uma campanha que ameaça suas relações familiares e custará sua permanência no país.

Stephen Lerner contou durante o debate no Sindicato que teve uma pequena participação no filme. Ele faz um dos manifestantes que, em uma das cenas mais tensas do longa-metragem, enfrenta a polícia americana. A mesma que usou novamente a violência para reprimir os que protestavam pacificamente nos occupy por todo o país.


Andrea Ponte Souza - 29/3/2012
 

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