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Cem mil tomam a Paulista em defesa do Brasil

Linha fina
Caminhada arrastou uma multidão em São Paulo, mesmo debaixo de um verdadeiro dilúvio, e mostrou que os brasileiros não vão aceitar retrocessos
Imagem Destaque

São Paulo - Foram pelo menos 100 mil pessoas que saíram de casa nesta sexta-feira 13 em nome da democracia, reforma política, Petrobras e em defesa dos direitos da classe trabalhadora. Não teve chuva, nem tempestade, que fizesse a massa arredar o pé da caminhada desde a Paulista até a Praça da República.

> Vídeo: reportagem especial da TVB
> Fotos: galeria da mobilização

A massa era tão grande que o espaço reservado na pista sentido Consolação pela Polícia Militar, começando na Joaquim Eugênio de Lima, não deu e foi necessário abrir o o sentido Paraíso para acomodar os manifestantes. Pouco antes das 16h a caminhada começou e escondeu o asfalto até a chegada. Um bloco único.

No percurso, jovens, idosos, crianças. Alguns empunhando bandeiras, cartazes ou faixas. Outros usando apenas a força da voz para se manifestar, entoando cânticos. Teve também quem simplesmente caminhou calado, somando forças para que o país não dê nenhum passo para trás. Clima fraterno, pacífico, de união. Eram todos companheiros.

Junto com eles, bancários, professores, petroleiros, metalúrgicos, químicos, dentre um sem números de outras categorias. Integrantes de movimentos sociais, como os sem teto, sem terra, atingidos por barragens, estudantes, de grupos de defesa de direitos dos homosexuais. A sociedade brasileira inteira muito bem representada.

Presente ao ato, a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, destacou a importância da manutenção da Petrobras, geradora de mais de 300 mil empregos diretos e indiretos em todo o país, e da utilização dos recursos do pré-sal para a educação.

Enfatizou, ainda, a necessidade de três medidas urgentes: as reformas política e a tributária e a democratização dos meios de comunicação. “O financiamento privado de campanha eleitoral faz com que o Congresso tenha número expressivo de representantes de empresários. Ora, com essa composição como é possível viabilizar a aprovação, por exemplo, da taxação de grandes fortunas?”, questiona.

Já Vagner Freitas, presidente da CUT, disse: "demonstramos hoje a importância que têm os movimentos sociais e sindical no Brasil. Nós demonstramos o tamanho que temos, de organização social".

"O Brasil tem condições de ser, com já é, um dos maiores países do mundo. Agora acabou a eleição e nós precisamos ter tranquilidade para que a presidenta Dilma possa governar com a proposta que ela fez. Nós queremos a agenda vitoriosa na eleição implementada", advertiu. "Precisa de dinheiro para o ajuste fiscal? Vai tributar as grandes fortunas, vai parar a remessa de lucro internacional, vai tributar os latifundiarios, os banqueiros", acrescentou o Vagner.

Contra a corrupção, a reforma política. "Se for efetivamente construir uma luta contra a corrupção, então vamos acabar com o financiamento emrpesarial (de campanhas eleitorais) e fazer uma reforma polticia para valer".

Para Ivone Maria da Silva, secretária-geral do Sindicato, é importante que os bancários e profissionais de outras categorias participem da luta em defesa da Petrobras. “A empresa é responsável por 13% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Ou seja, são bilhões de reais que fazem com que nossa economia se mantenha aquecida, gerando emprego e renda em diversos setores. Não podemos permitir que essa empresa seja privatizada como ocorreu com outras instituições importantes como o Banespa e o Banerj que, além de deixarem de prestar serviços essenciais à sociedade, gerou milhares de demissões na categoria.”

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Jair Silva, Rodolfo Wrolli, Gisele Coutinho, Luana Arrais e André Rossi - 13/3/2015

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