São Paulo – A UNI Global Union (sindicato internacional) lançou nota no Dia Internacional da Mulher (8 de março) em apoio à luta das mulheres contra desigualdade, violência e discriminação, reforçando a importância de combater também assédio sexual no ambiente de trabalho. A UNI Global representa mais de 20 milhões de trabalhadores no mundo, de mais de 900 sindicatos do setor de serviços, entre eles o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
No documento, a organização internacional destaca a campanha lançada em 2016, Rompiendo el círculo! Contra la violencia no hay excusas - que em português quer dizer Rompendo o círculo! Contra a violência não há desculpas - e pede para que os sindicatos afiliados possam prevenir e abordar o tema para erradicá-lo por considerar que a violência é um círculo vicioso, alimentado pelo machismo e pelas desigualdades nas relações, e que deve ser rompido.
A UNI também lançou no Dia Internacional da Mulher um conjunto de materiais que incluem um Manual de Capacitação, com instruções para sobre o que é assédio sexual, como acontece e como identificar o estereótipo do assediador e da vítima. A entidade disponibiliza ainda, para os sindicatos, ferramentas para criar políticas destinadas à prevenção, bem como agir nos procedimentos de queixa, que ajudarão a guiar os representantes dos trabalhadores na condução dos casos.
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A vice-presidenta da UNI América Mulheres e secretária-geral do Sindicato, Neiva Ribeiro, destaca que o combate ao assédio sexual e à violência de gênero é uma das bandeiras do movimento de mulheres de todo o mundo.
“Os números são assustadores. De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), 52% das mulheres economicamente ativas já foram assediadas sexualmente. O Mapa da Violência de 2015 mostra que, entre 1980 e 2013, mais de 100 mil brasileiras foram mortas apenas por serem mulher. Sem contar os casos de estupro que ocorrem a cada 11 minutos, e um feminicídio a cada noventa minutos, os relatos de agressão e tantos outros crimes. Combater a violência de gênero é dever de todos. Por isso, estamos empenhadas em aprovar uma convenção internacional sobre combate à violência de gênero na OIT”, finaliza.