
O Carnaval chegou ao fim, com mais uma edição do Bloco dos Bancários, que arrastou utopistas ao som do Acadêmicos da Ursal, com o tema "Categoria forte, unida por direitos", no centro de São Paulo.
A alegria une, inspira e impulsiona movimentos. É na dança, na música, na festa e no afeto que reafirmamos nossa existência e nossa determinação. Ser alegre é também um ato político e de resistência. Nas ruas, pautas progressistas ganharam espaços com os blocos alinhados às pautas da diversidade e com as fantasias que expressam liberdade e, muitas vezes, tons críticos.
Nas ruas, a festa do carnaval ganhou um componente adicional, a premiação do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro para o filme Ainda Estou Aqui, unindo o sentimento de amor de pais, orgulho da cultura e fortalecendo que cultura é resistência.
Nos desfiles das escolas de samba no Rio de Janeiro, a Paraíso do Tuiuti contou a história de Xica Manicongo, a primeira mulher trans documentada no Brasil, e levou para a avenida 28 mulheres trans sendo homenageadas durante o desfile.
A intimidação conservadora, com o desrespeito à diversidade, e a intolerância religiosa não impediu a alegria e a resiliência de fazer o carnaval acontecer.
Carnaval é uma manifestação social e política que dá voz a diversos grupos, reforçando a importância do direito à expressão e à liberdade.
História, cultura, música, alegria e carnaval unem povos, fortalecem a resistência e a democracia.
