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O mundo homenageia no dia 28 de abril os trabalhadores que pagaram e ainda pagam com a vida ou com a saúde pela irresponsabilidade dos patrões e pela falta de condições de trabalho dignas.
“Os trabalhadores precisam ter condições dignas de trabalho, cumprimento de jornada, pausas respeitadas. Essas medidas certamente contribuiriam para o combate e à prevenção de acidentes”, disse Luiz Claudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
Ocorrem por ano no mundo cerca de 270 milhões de acidentes de trabalho e 160 milhões de casos de doenças ocupacionais. No Brasil, foram 503 mil acidentes em 2006, um a cada 5 minutos. Nada menos de 2,8 mil trabalhadores morrem por ano por este motivo. É uma morte a cada três horas. São gastos R$ 32,8 bilhões por ano com atendimentos médicos e benefícios por incapacidade temporária ou permanente.
História - Em 2003, a OIT (Organização Internacional do Trabalho, órgão das Nações Unidas) adotou o dia 28 de abril como o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho. No Brasil, a data, que teve origem no Canadá – para lembrar a criação em 1914 de leis prevendo indenizações para acidentes de trabalho naquele país – foi reconhecida oficialmente em 2005.
Vitória – Após a implantação do Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário (NTEP) foi verificado, entre fevereiro e dezembro de 2007, um crescimento de 134% no registro de doenças ocupacionais, o que comprova a existência da subnotificação. O NTEP foi resultado da luta dos trabalhadores – com participação ativa dos bancários – e facilita a classificação automática de uma doença recorrente em uma categoria como doença ocupacional com base na sua epidemiologia. No caso dos bancários, por exemplo, onde a ocorrência de LER/Dort é muito alta, agora é o banqueiro que precisa provar que a doença não foi causada pelo trabalho e não o contrário, como ocorria antes.