O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região promove uma série diária de atividades pela permanência das portas de segurança nas agências bancárias da cidade de São Paulo. O equipamento terá que ser retirado das instituições financeiras a partir da segunda quinzena de abril, caso o projeto de lei 09/2008, de autoria do vereador Francisco Chagas (PT), não seja aprovado. Nesta terça-feira, 1º, os bancários voltam à Câmara Municipal, às 12h, para mostrar aos vereadores a importância das portas para a segurança de bancários e clientes e cobrar a aprovação do PL que deve ir a votação no dia seguinte, 2 de abril.
O presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino irá entregar um dossiê aos vereadores com a história de luta dos trabalhadores pela manutenção das portas.
“Depois de muita insistência dos bancários, os bancos começaram a colocar o equipamento. Retirá-lo seria um retrocesso para a segurança de bancários e clientes, já que as portas são um aparato fundamental para reduzir a incidência de assaltos, sobretudo os mais violentos”, disse Marcolino.
Os bancários podem participar dessa luta acessando, no site do Sindicato (www.spbancarios.com.br), o link Fale com a Câmara. Depois, é só escolher como destinatário todos os vereadores, colocar no assunto lei pela manutenção das portas de segurança e enviar a mensagem.
Assembléia - Também nesta quarta-feira, dia 2, pode ser votado, na Assembléia Legislativa de São Paulo, o projeto de lei do deputado Marcos Martins, que igualmente determina a instalação das portas nas agências bancárias de todo o estado de São Paulo.
Mobilização - Os bancários têm mantido mobilização constante pela permanecia do equipamento. O presidente do Sindicato participou na terça-feira, 25 de março, de audiências com lideranças na Câmara Municipal de São Paulo. Na sexta, 28 de março, na agência Penha do Unibanco, uma carta aberta foi distribuída à população tratando da importância das portas de segurança para inibir a ação de bandidos e garantir a segurança dos trabalhadores e dos clientes.
A Nossa Caixa, no Centro de São Paulo, foi o palco do ato dessa segunda-feira, dia 31. Uma encenação com os “Irmãos Metralha” chamou a atenção de quem passava em frente à sede do banco e ajudou a conscientizar os clientes sobre a segurança que as portas propiciam.
Bancos pagam R$ 1 milhão em multas por descumprirem legislação de segurança
As instituições financeiras foram multadas em R$ 970 mil por desrespeitarem a legislação de segurança do setor. Durante a 72ª reunião da Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (CCASP) foram condenadas 53 ações. A maior parte das infrações se refere à falta de vigilantes, alarmes inoperantes e planos de segurança vencidos. A Nossa Caixa foi a instituição financeira mais autuada, seguida por Unibanco e Bradesco.
A CCASP é integrada por representantes dos bancários, da federação dos bancos (Febraban), vigilantes, empresas de vigilância, empresas de transporte de valores, empresas de formação de vigilantes, do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) e do Exército. A comissão conta com a coordenação da Polícia federal.
Lei Federal 7.102/83 - A legislação exige que os estabelecimentos bancários, para funcionar tenham um plano de segurança aprovado pela Polícia Federal e que cumpram dois itens obrigatórios: vigilância ostensiva e a instalação de sistema de alarme. A terceira requisição pode ser escolhida entre artefato que possa registrar a ação dos criminosos (o circuito interno de TV) e artefatos que retardem a ação dos marginais (como porta-giratória). Desde abril de 2007, o colete à prova de balas e vigilante no auto-atendimento também passaram a ser itens obrigatórios, após publicação de portaria que trata do assunto.
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