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Bancários do Santander denunciam plano de demissão em massa

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O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região não vai aceitar demissões em massa, irá aumentar a mobilização e denunciar à Justiça, ao governo federal e aos órgãos internacionais sobre o plano injustificável que o Santander quer instalar no Brasil. Esse foi o recado dado ao banco espanhol no protesto realizado nesta sexta-feira 1º de abril, em frente ao prédio administrativo, conhecido como Torre do Santander, na região da Vila Olímpia, zona sul de São Paulo.

O Sindicato recebeu diversas denúncias dos trabalhadores sobre um plano de milhares de cortes que seria colocado em prática já a partir desta sexta-feira 1º. As informações apontam que a maioria das demissões deveria ocorrer na capital paulista. Em todo o país, são mais de 52 mil trabalhadores no Santander, dos quais 22 mil estão em São Paulo.

A presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, criticou a postura do banco e exigiu que o Santander respeite o Brasil e os brasileiros. Ela informou que o Sindicato irá acionar o banco espanhol na Organização para Cooperação do Desenvolvimento Econômico (OCDE) por desrespeito às diretrizes para empresas multinacionais, que deixa claro, entre outras normas, que necessariamente, em caso de demissões em massa, devem negociar com o Sindicato antes de qualquer decisão.

“Vamos buscar todos os meios possíveis para barrar esse processo injustificável. É inadmissível que o banco espanhol venha ao Brasil, sucursal que alcançou o maior lucro do grupo no mundo e promova demissões, ainda mais nessa conjuntura de caos das agências. Faltam funcionários para atender os clientes submetidos ao processo de integração mais desastroso da história”, ressaltou. Em nenhum momento o Sindicato foi procurado pelo banco para falar sobre o assunto.

Somente em 2010, o Santander registrou no Brasil a bagatela de R$ 7,4 bilhões de lucro, valor nada menos do que 34% superior ao resultado de 2009. Com esses números, o mercado brasileiro ultrapassou até mesmo o espanhol e se tornou o mais lucrativo do banco no mundo, com 25% do total. A Espanha representa, hoje, 15%.
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