São Paulo – O descaso da direção do HSBC em relação às diversas reivindicações apresentadas pelo Sindicato foi respondido com três manifestações na capital. Os protestos, realizados em frente ao Centro Administrativo São Paulo (Casp), no edifício Tower e em agência localizada na região do Ibirapuera, integraram o Dia Nacional de Mobilização da CUT nesta quinta 18.
> Fotos: galeria com os protestos no HSBC
No caso específico dos trabalhadores lotados no Casp, zona oeste da capital, o ato denunciou, mais uma vez, o aumento no plano de saúde. As mensalidades pagas pelos dependentes dos titulares, e pelos aposentados que ainda têm o convênio, chegou a subir até 150%.
“Também manifestamos nossa indignação à dispensa de 40 funcionários ocorrida em março. Medidas como essa prejudicam a todos. Empregados que ficam mais sobrecarregados com o acúmulo de funções, o cliente que passa mais tempo nas filas e o próprio banco com a imagem prejudicada”, afirma o dirigente sindical Luciano Ramos
Ele lembra que o HSBC obteve lucro líquido de R$ 1,225 bilhão em 2012, crescimento de 9,6% em relação a 2011 e, no mesmo período, rentabilidade de 13,05% sobre o patrimônio líquido médio. “O banco não tem justificativa para demitir e com um resultado como esse pode aprimorar as condições de trabalho, remunerar melhor pelos programas próprios e rever os reajustes no plano de saúde.”
Gestante demitida – De acordo com Luciano, o abuso da direção do banco chega a tal ponto que até mesmo uma bancária gestante foi recentemente demitida. Essa dispensa foi denunciada pelo Sindicato, em manifestação lúdica em frente ao Tower, na Avenida Faria Lima,
“Os gestores do HSBC sabem que não podiam dispensá-la, mas até agora não reverteram a demissão. Não aceitamos isso e estamos estudando medidas para que o banco inglês respeite as leis trabalhistas de nosso país”, diz Luciano.
A cláusula 25ª da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) prevê que a gestante tem direito a estabilidade no emprego desde a gravidez até 60 dias após o término da licença-maternidade.
Sardinhada contra assédio – A terceira manifestação do dia ocorreu em agência do HSBC, na região do Ibirapuera.
Sardinhada em frente à unidade denunciou a postura desrespeitosa de uma gestora com os empregados. “Uma trabalhadora pediu demissão recentemente por não suportar mais humilhações. Já levamos o caso para o banco que, a exemplo de outras reivindicações, nem sequer tomou conhecimento”, destaca o dirigente sindical Paulo Sobrinho. “A situação no banco está insuportável, não apenas em São Paulo, mas em todo o país.”
Dia Nacional de Luta – Além dos protestos em São Paulo, os funcionários da instituição financeira também realizaram manifestações nesta quinta, definida como Dia Nacional de Luta dos Bancários do HSBC pela Comissão de Organização dos Empregados (COE).
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Jair Rosa - 18/4/2013
Linha fina
Aumento exorbitante no valor do plano de saúde, demissões e piora das condições de trabalho motivaram manifestação nacional dos trabalhadores
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