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Teto de R$ 180 na coparticipação do plano de saúde

Linha fina
Apesar do avanço, anunciado pelo HSBC em reunião nesta quinta 11, novas regras impostas pelo banco continuam valendo e prejudicando titulares e usuários do plano
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São Paulo – Durante reunião sobre plano de saúde dos funcionários do HSBC, os representantes do banco anunciaram o teto de R$ 180,80 por mês de coparticipação em consultas e exames. “Isso significa que não importa se o trabalhador tiver 10 ou 20 consultas ao mês, ele vai pagar no máximo R$ 180,80”, explica a diretora do Sindicato Liliane Fiuza, acrescentando que apesar da notícia positiva, não houve avanços durante a mesa de debate da quinta-feira 11.

“A coparticipação estava sem teto e isso preocupava os empregados, portanto, a determinação de um limite máximo é bem-vinda. O problema é que as novas regras impostas pelo HSBC não foram discutidas. O banco já veio para a mesa com os contratos fechados com as operadoras dos planos de saúde. Ou seja, não veio negociar. E as mudanças no plano são prejudiciais aos funcionários. Vamos continuar protestando e ingressar com ações na Justiça se necessário”, diz.

Entenda – Desde janeiro o HSBC mudou as regras dos planos de saúde, sem qualquer discussão com sindicatos da categoria. Os titulares passaram a não pagar as mensalidades. “O fato de o funcionário não contribuir mais parece boa à primeira vista, mas na verdade ele perde o direito de permanecer com o plano por seis meses a dois anos após demissão sem justa causa, como determina a lei 9.656/98, ou após a aposentadoria. Isso é retrocesso nos direitos do trabalhador e o Sindicato não trabalha com a premissa de negociar perda de direitos”, afirma Liliane.

Por outro lado, as mensalidades pagas pelos dependentes dos titulares – que foram mantidas – tiveram reajustes que chegam até a 150%. Além disso, a coparticipação, que antes só era cobrada após a sétima consulta, passou a ser exigida desde a primeira. Outros que sofrem com os reajustes são os aposentados que mantêm o plano. No caso deles, o aumento também pode chegar aos 150%.

“Ao invés de valorizar os funcionários, o HSBC os prejudica. Não vamos tolerar isso”, reforça Liliane.

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Andréa Ponte Souza - 11/4/2013

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