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Campanha por reforma política começa em setembro

Linha fina
Às vésperas das eleições de 2014, movimentos sociais irão às ruas para arrecadar votos em prol de uma constituinte específica sobre o tema
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São Paulo – Entre os dias 1º e 7 de setembro, urnas espalhadas por cidades de todo o país irão colher a opinião da população sobre a convocação de uma constituinte exclusiva para debater a reforma política, e para a qual não poderão ser eleitos parlamentares em exercício. A iniciativa é da sociedade civil e de movimentos sociais de diversas áreas, entre eles o Levante Popular da Juventude (LPJ), o Movimento Passe Livre (MPL) e o Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST).

A campanha começou em meados de novembro do ano passado, depois que o Congresso refutou proposta da presidenta Dilma Rousseff de convocar uma assembleia constituinte exclusiva para realizar a reforma política. “Diante da resistência do Congresso, surgiu a sugestão de realizar um plebiscito para que a população decidisse se convocaríamos ou não uma constituinte. Também não permitiram o plebiscito, então decidimos fazer o nosso”, conta o integrante do movimento Consulta Popular e da organização nacional pelo plebiscito popular, Ricardo Gebrim.

Antes das urnas, em julho, os movimentos pretendem começar a ir para as ruas, chamando a atenção da população sobre a importância de se fazer mudanças no sistema político eleitoral brasileiro. “Iremos para as ruas em defesa dessa bandeira, que é um dos grandes anseios da população. Nós vimos isso nas manifestações de rua de junho de 2013”, avalia Gebrim.

O objetivo do movimento é ultrapassar os 10 milhões de votos colhidos no plebiscito popular contra a Área de Livre Comércio das Américas (Alca), realizado em 2002.

O resultado do plebiscito será encaminhado à Presidência da República, à Câmara dos Deputados, ao Senado Federal e ao Supremo Tribunal Federal, além dos candidatos à presidência que estarão a um mês da votação no primeiro turno, em outubro. “Esperamos, da parte deles, o compromisso com a reforma política”, diz Gebrim.


Redação, com informações da Rede Brasil Atual – 10/4/2014

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