Imagem Destaque
São Paulo - O ex-presidente do Uruguai, José Mujica, participou do Congresso da Central Sindical das Américas (CSA), em São Paulo. Durante o evento, na noite de quarta-feira 28, o uruguaio criticou o movimento golpista em curso no Brasil e explicou o que, em sua opinião, deve ser o foco da luta dos movimentos sociais brasileiros.
“O problema das elites com o governo é pelo que o governo fez, são as conquistas sociais. É preciso manter essas conquistas e essa é a missão dos movimentos sociais”, afirmou o Mujica.
Para ele, a união pode impedir que as elites avancem nas conquistas. “A luta é coletiva. A luta pela unidade e pelas grandes decisões. A única força que os trabalhadores têm é a de andar juntos. Quando conseguem, são social e sociologicamente temíveis”, defendeu Mujica, que em tom de ironia profetizou o futuro da política brasileira. “Virá um governo que porá a culpa nos outros. A culpa é sempre dos que estavam antes.”
Ameaça continental - Durante o Congresso da CSA, a CUT distribuiu material impresso informando as delegações internacionais sobre o golpe em curso no País. “Foi importante pois é possível construir um discurso fora do Brasil que contraponha a versão de que temos uma presidenta sendo afastada por corrupção. Temos aqui, cerca de 300 lideranças políticas em seus países e evidentemente isso vai fortalecer nossa posição no mundo”, afirmou Antônio Lisboa, secretario de Relações Internacionais da Central.
Segundo Lisboa, as características do golpe no Brasil respeitam o mesmo rito percorrido por movimentos no Paraguai, Honduras e “quase na Venezuela”. “As elites desses países, que são provincianas, mesquinhas e preguiçosas, controlam as instituições como o judiciários e conseguem colocar uma capa de legalidade em um golpe de Estado, que já não é mais elaborado nos quartéis.”
Ainda de acordo com o dirigente Cutista, o capital estrangeiro tem interesse que o golpe contra Dilma tenha êxito. “O Brasil é uma enorme força política e econômica no continente, obviamente que assumir o poder aqui pode gerar uma influência nos demais países da região. Além disso, água e petróleo chamam a atenção dessas empresas. A água, em 2050, estará escassa e valerá muito no mercado”, finalizou Lisboa.
Igor Carvalho, da CUT - 29/4/2016
“O problema das elites com o governo é pelo que o governo fez, são as conquistas sociais. É preciso manter essas conquistas e essa é a missão dos movimentos sociais”, afirmou o Mujica.
Para ele, a união pode impedir que as elites avancem nas conquistas. “A luta é coletiva. A luta pela unidade e pelas grandes decisões. A única força que os trabalhadores têm é a de andar juntos. Quando conseguem, são social e sociologicamente temíveis”, defendeu Mujica, que em tom de ironia profetizou o futuro da política brasileira. “Virá um governo que porá a culpa nos outros. A culpa é sempre dos que estavam antes.”
Ameaça continental - Durante o Congresso da CSA, a CUT distribuiu material impresso informando as delegações internacionais sobre o golpe em curso no País. “Foi importante pois é possível construir um discurso fora do Brasil que contraponha a versão de que temos uma presidenta sendo afastada por corrupção. Temos aqui, cerca de 300 lideranças políticas em seus países e evidentemente isso vai fortalecer nossa posição no mundo”, afirmou Antônio Lisboa, secretario de Relações Internacionais da Central.
Segundo Lisboa, as características do golpe no Brasil respeitam o mesmo rito percorrido por movimentos no Paraguai, Honduras e “quase na Venezuela”. “As elites desses países, que são provincianas, mesquinhas e preguiçosas, controlam as instituições como o judiciários e conseguem colocar uma capa de legalidade em um golpe de Estado, que já não é mais elaborado nos quartéis.”
Ainda de acordo com o dirigente Cutista, o capital estrangeiro tem interesse que o golpe contra Dilma tenha êxito. “O Brasil é uma enorme força política e econômica no continente, obviamente que assumir o poder aqui pode gerar uma influência nos demais países da região. Além disso, água e petróleo chamam a atenção dessas empresas. A água, em 2050, estará escassa e valerá muito no mercado”, finalizou Lisboa.
Igor Carvalho, da CUT - 29/4/2016