A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) enviou, na última sexta-feira (3), dois ofícios com uma série de reivindicações ao Banco do Brasil e à Caixa Econômica.
No primeiro ofício, a entidade solicita ao BB a suspensão, até a normalização das atividades funcionais e o fim do estado de calamidade pública no país, dos descomissionamentos e de processos administrativos disciplinares e demissionais que estejam em curso no banco.
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“Queremos evitar prejuízos aos funcionários e garantir que eles consigam buscar orientações jurídicas, tenham acesso a documentos, arquivos e outras informações necessárias para conseguir preparar suas defesas e recursos de forma adequada”, explica Fernanda Lopes, dirigente sindical que representa a Contraf-CUT nas negociações com o banco.
Ela ressaltou ainda que, em virtude das necessárias medidas de isolamento e quarentena implementadas no país e no próprio banco, para evitar a propagação ainda maior da COVID-19, diversas atividades profissionais e bancárias foram impactadas pelas medidas e isso pode dificultar a justa defesa.
Medidas do governo
O segundo ofício é direcionado não apenas ao Banco do Brasil, mas também à Caixa Econômica Federal. Nele a Contraf-CUT pede que estes bancos, juntamente com o Governo Federal, emitam comunicados para esclarecer ao público em geral que o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda e a ampliação das linhas de crédito a empresas afetadas pela pandemia ainda não estão em vigor e que a presença das pessoas nas agências por conta de tais medidas, por hora, é inútil e coloca em risco a segurança e a saúde de todos.
A entidade pede, ainda, que sejam suspensos os atendimentos nas agências do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal até a normalização e regulamentação da concessão das medidas citadas, limitando o atendimento presencial às situações emergenciais.
Por fim, foi solicitado que os bancos discutam com o Comando Nacional dos Bancários a operacionalização dos atendimentos e cumprimento de tais medidas.
“Nossa ideia é a de que os trabalhadores também possam sugerir quais os melhores procedimentos a serem adotados para a manutenção da segurança e da saúde de todos, de maneira que o risco de contágio seja reduzido o máximo possível”, concluiu a dirigente da Contraf-CUT.
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