
A segunda rodada de negociações sobre o custeio da Cassi foi realizada na terça-feira, dia 22, com a participação do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, das entidades representativas dos associados e da direção do Banco do Brasil.
Durante a reunião, a coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, Fernanda Lopes, reafirmou que o objetivo central dos representantes dos trabalhadores é construir uma solução permanente e sustentável para a assistência à saúde dos funcionários do banco.
Antonio Netto, dirigente do Sindicato e representante da Fetec/CUT-SP na Comissão Executiva dos Empregados do Banco do Brasil (CEBB), reforçou premissas importantes do movimento sindical e das entidades representativas sobre a Cassi: "Em um momento em que não temos mais um governo inimigo dos trabalhadores, temos a oportunidade de discutir a urgente situação de custeio da entidade, restabelecer direitos, e consolidar uma relação contributiva justa."
De acordo com o dirigente, a Cassi tem um dos menores tickets médios do mercado, o que reforça a obrigação do banco em melhorar o atendimento. "O BB, como patrocinador, deve investir casa vez mais para que a Cassi possa seguir cuidando da vida de seus funcionários, promovendo saúde e combatendo o adoecimento. Adoecimento esse que, em grande parte, é causado pelas condições de trabalho impostas pelo próprio banco", analisa Netto.
Ainda na reunião, foram apresentadas as premissas aprovadas pelas entidades representativas, com base na recente publicação da Resolução CGPAR nº 52/2024, que permite ao patrocinador assumir até 70% da contribuição para os planos de saúde. A proposta da comissão é de que o Banco do Brasil assuma essa proporção de 70% no modelo de custeio a ser definido, ficando os 30% restantes sob responsabilidade dos associados.
Outro ponto destacado pela comissão foi a retomada da contribuição do banco no período pós-laboral para os funcionários admitidos a partir de 2018, quando passou a valer a antiga resolução CGPAR nº 42 — agora revogada pela nova norma. A mudança, segundo Fernanda Lopes, é fundamental para garantir a sustentabilidade do plano também no momento da aposentadoria dos trabalhadores.
A representação dos associados também propôs que o custeio administrativo da Cassi seja integralmente assumido pelo banco. Além disso, sugeriu que o BB considere uma contribuição adicional sobre o lucro líquido da instituição, com a garantia de que tal medida não impacte negativamente o percentual destinado à Participação nos Lucros e Resultados (PLR) dos trabalhadores.
A representação do Banco do Brasil reiterou sua disposição para avançar no debate e se comprometeu a realizar simulações com base nas premissas apresentadas pelas entidades. Uma nova rodada de negociação foi agendada para o dia 13 de maio, às 14h.
