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Em seu parecer, entre outros pontos, o Sindicato destaca que sempre foi favorável à limitação dos valores pagos aos altos executivos, já que os montantes praticados podem afetar não somente os interesses dos acionistas como também serem determinantes nos princípios da gestão da empresa, afetando negativamente funcionários, terceirizados, clientes e sociedade como um todo.
O Sindicato também reforçou sua legitimidade no processo de contratação da remuneração como um todo dos empregados regidos pela CLT, seja fixa ou variável, independentemente do fato de esse empregado representar ou não função com impacto material sobre a exposição ao risco.
“Um ambiente de trabalho que pretende ser baseado na cooperação entre as partes para obter melhores resultados deve prever também um critério adequado com relação aos montantes individuais de remuneração, sendo praticada uma distância máxima entre o maior e o menor salário da empresa tendo em vista que o limite da remuneração no ano pode interferir na preferência pelo risco exposta anteriormente”, diz o documento.
O Sindicato defende que haja uma audiência pública presencial de modo a possibilitar o debate sobre o tema, de grande impacto econômico e social.
Livro - Em comemoração aos 87 anos de sua fundação, o Sindicato, junto com o Centro de Estudos de Conjuntura e Política Econômica da Universidade Estadual de Campinas (Cecon-Unicamp) lança o livro Sistema Financeiro e Desenvolvimento no Brasil (do Plano Real à crise financeira), elaborado por sindicalistas bancários e economistas.
O lançamento ocorre no seminário Sistema Financeiro e Desenvolvimento no Brasil, que acontece no dia 10 de maio. Para o evento já estão confirmadas as presenças do jornalista Luis Nassif – que escreveu o prefácio do livro –, do professor titular da Unicamp Ricardo Carneiro, do presidente da CUT Artur Henrique da Silva e do presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino.
O livro – A obra aborda temas relacionados ao sistema financeiro brasileiro, como as perspectivas para o setor e a crise do capitalismo com dominância financeira, além da economia política das holdings. Traz também um balanço da abertura financeira e a integração do Brasil na economia mundial. Há também um capítulo dedicado à análise do mercado de capitais brasileiro no período recente e o ciclo de crédito no período, sobre as formas alternativas de financiamento, como microfinanças, e outro com uma análise da atuação do Banco Central e a política macroeconômica adotada no Brasil, como o regime de metas de inflação.