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Após protesto, HSBC revê “cartas de orientação”

Linha fina
Banco também reduz valor para meta de crédito, mas agora cobra cumprimento de sua totalidade
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São Paulo – Após manifestação dos funcionários do Telebanco do HSBC cobrando melhores condições de trabalho nas agências e concentrações, a direção da instituição reviu sua política de envio das chamadas cartas de orientação sem critérios aos trabalhadores.

> Protestos chegam ao Telebanco do HSBC

Carta de orientação é uma espécie de “pré-advertência” e, segundo o dirigente sindical Luciano Ramos da Silva, uma forma que o banco inventou para intimidar os funcionários. “Ela é entregue por qualquer motivo, como por exemplo, se o trabalhador atrasar mais de duas vezes na pausa de 15 minutos de almoço no mesmo mês ou se apresentar algum erro de português quando estiver atendendo um cliente.”

Redução da meta – O HSBC também se comprometeu a reduzir a meta de crédito parcelado de R$ 70 mil para R$ 42 mil, mas o que deveria ser motivo de comemoração veio com um gosto amargo para os funcionários. Segundo Luciano, a orientação recebida pelos funcionários é que já que as metas diminuíram, de agora em diante terão de bater 100% delas. Além disso, agora os bancários são cobrados a vender pelo menos um produto por dia, mesmo que a meta já tenha sido batida ou que os clientes não queiram nada.

“Ou seja, o HSBC dá com uma mão, mas na outra estala o chicote. E o banco também só reduziu a meta de um dos muitos produtos que os funcionários têm de vender, mas as metas ainda são absurdas em todos os demais produtos”, ressalta Luciano.

O dirigente afirma que o Sindicato está atento para que as “cartas de orientação” não voltem a ser aplicadas sem a devida coerência. “Vamos continuar exigindo respeito a todos os bancários e bancárias. Continuem denunciando, pois o Sindicato somos todos nós”, completa Luciano.


Rodolfo Wrolli – 7/05/2013

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