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Caos instalado nas agências do Santander

Linha fina
Visitas de dirigentes durante Jornada de Luta comprovam situação precária provocada pela falta de funcionários. Atividade, pelo fim das demissões, voltou à Paulista onde recebeu ainda mais apoio de clientes
Imagem Destaque

São Paulo – Agências lotadas e com apenas um caixa, algumas sem gerente-geral ou gerente de atendimento, e ainda sem estagiários ou menores aprendizes no autoatendimento. Essa também é a situação das unidades do Santander localizadas na região da Paulista, em pleno coração financeiro de São Paulo.

> Fotos: galeria da manifestação

“Não é a toa que funcionários e clientes têm sido tão receptivos à nossa Jornada de Luta. A falta de funcionários tem provocado o caos nas agências. São bancários sobrecarregados e correntistas e usuários passando muito tempo nas filas dos caixas”, diz a diretora executiva do Sindicato Vera Marchioni (abaixo, de azul), que participou da jornada na sexta 23, pelo segundo dia consecutivo na Paulista e transversais.

> Jornada de luta do Santander percorre Paulista

Em pelo menos duas agências visitadas, a situação era ainda mais precária. “Na Consolação, apenas dois caixas atendem correntistas e usuários. Eles não têm tempo de almoçar, nem de ir ao banheiro. Como se não bastasse, a agência está atualmente sem gerente de atendimento, sem gerente pessoa física, nem gerente-geral, e ninguém para ajudar as pessoas nos caixas eletrônicos”, conta Vera, acrescentando que na agência da Augusta, a realidade é a mesma: apenas dois caixas e muita espera nas filas.

O Sindicato enviou e-mail ao banco relatando os problemas dessas duas unidades, cobrando solução. “Não porque eles (a diretoria do banco) não saibam. Todas as agências do Santander têm funcionado com apenas dois ou três caixas, sendo que na grande maioria, um deles atende no espaço reservado para os clientes Van Gogh, ou seja, os de maior renda. Assim, sobra apenas um para atender todos os outros correntistas e os usuários”, diz a dirigente.

De março de 2013 a março de 2014, o banco espanhol eliminou 4.833 postos de trabalho no país. Foram 970 apenas nos primeiros três meses deste ano.

> 970 postos fechados no trimestre

Atos – A Jornada de Luta dos funcionários do Santander pelo fim das demissões e contratações começou no dia 13 de maio. Dirigentes percorrem agências em toda a base do Sindicato – São Paulo, Osasco e municípios da região – conversando com bancários e coletando assinaturas de clientes em apoio à causa.

> Jornada de luta por mais empregos

O documento, que pede ainda redução dos juros e tarifas bancárias, será entregue ao presidente do banco no país, Jesús Zabalza.


Andréa Ponte Souza – 23/5/2014

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