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"O Brasil já ganhou com a Copa"

Linha fina
Na 14ª Plenária da CUT/SP, assessor da Presidência da República destaca benefícios econômicos e sociais e desmonta mito de que investimentos são maiores que em educação e saúde
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São Paulo - Construção de 12 estádios multifuncionais; dezenas de projetos de mobilidade urbana como obras viárias, terminais, estações e corredores exclusivos; intervenções em 12 aeroportos e reformas em seis portos. Geração de 50 mil postos de trabalho na construção dos estádios e outros 47 mil empregos no setor turístico das cidades-sede. Para quem ainda tem dúvida sobre o legado da Copa do Mundo ao Brasil, é bom saber que estes dados são apenas parte do saldo positivo que o evento deixará no país.

“O Brasil já ganhou com a Copa. É um momento histórico de oportunidades, com obras de infraestrutura, promoção do país e qualificação de trabalhadores”, disse José Claudeonor Vermohlen, assessor da Secretaria de Relações Político-Sociais da Presidência da República na mesa “O legado da Copa”, debatida na tarde desta quinta 29, na 14ª Plenária Estatutária da CUT São Paulo, em Guarulhos.

Vermohlen apresentou dados que demonstram não só a série de benefícios que o evento traz ao país, como também desmontam o mito de que os investimentos na Copa são maiores do que em educação e saúde. A construção e a reforma de estádios consumiram R$ 8 bilhões e outros R$ 17,6 bi foram destinados a obras em infraestrutura, totalizando R$ 25,6 bilhões. Em contrapartida, em 2013, foram investidos R$ 101,9 bi em educação e outros R$ 83 bi em saúde. E em 2014, a previsão é investir em cada área, respectivamente, R$ 107 bi e R$ 91,5 bi.

Impactos sociais e econômicos – Segundo Vermohlen, 165 mil jovens e trabalhadores já fizeram ou estão matriculados em cursos oferecidos pelo Pronatec, na área turística, e 840 catadores serão contratados e capacitados para realizar a coleta de resíduos sólidos nos estádios da Copa para reciclagem. Também foram distribuídos gratuitamente 50 mil ingressos aos beneficiários dos programas sociais do governo federal.

“A Copa tem ainda como legado a revitalização de espaços e apoio a projetos ligados às artes, ao artesanato e à diversidade cultural brasileira, além do intercâmbio com outros povos, transparência na divulgação de dados e fiscalização das obras pelos órgãos de controle”, ressalta o assessor.

Já os investimentos em novos negócios para micro e pequenas empresas são da ordem de R$100 milhões e, de acordo com estimativa da Embratur, a expectativa é de que os turistas gastem R$ 25 milhões no país. Até 2016, serão 422 novos empreendimentos de hospedagem e, destes, 154 foram inaugurados entre 2011 e 2013. Vale destacar, ainda, que, no ano passado, a Copa das Confederações acrescentou R$ 9,7 bilhões ao PIB e, em 2014, a projeção é de R$ 30 bi de incremento com a Copa do Mundo.

No encerramento de sua apresentação, Vermohlen defendeu uma política esportiva, incluída ao processo de desenvolvimento como parte da cultura popular brasileira. “Agora é preciso um esforço no sentido de combater a violência nos estádios, mas sem criminalização, pois as torcidas organizadas têm seu papel social. É preciso fazer um debate amplo nesse sentido, pois a consequência dessa violência é o ‘branqueamento’ nos estádios com a elitização de uma paixão popular”, conclui.

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Flaviana Serafim, da  CUT/SP - 30/5/2014

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