São Paulo – A jornada nacional de lutas dos trabalhadores do Santander percorreu o centro e a zona leste de São Paulo na terça 20 para cobrar o fim das demissões, a contratação de mais funcionários e a redução das tarifas cobradas dos clientes.
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No ano passado, os correntistas do banco espanhol desembolsaram R$ 9,8 bilhões somente com tarifas. Com este valor seria possível contratar cerca de 25 mil bancários. O banco, no entanto, andou na contramão e demitiu 4.833.
Os cortes de postos de trabalho ocorreram no mesmo período em que o Santander ganhou milhões de novos correntistas, passando de 27,3 milhões no primeiro trimestre de 2013 para 30 milhões nos primeiros três meses deste ano – salto de 10%. O número de contas correntes por bancário, que era de 520, passou para 617 no período.
“A demissão de bancários, aliada ao aumento do número de clientes, gerou efeitos colaterais como a sobrecarga, o adoecimento e a precarização do atendimento”, avalia o dirigente sindical Camilo Fernandes.
O depoimento de um bancário resume o cenário vivido no banco: “Estamos atendendo clientes de áreas que não tivemos treinamento, o sistema do banco tem muitas falhas há muito tempo e isso não é melhorado, não temos suporte ideal para atender e estamos sendo sobrecarregados com clientes e outras áreas.”
“Não é por acaso que o Santander está entre os líderes de reclamações do Banco Central há quase um ano”, critica Camilo Fernandes. “Enquanto o Santander continuar com essa política de corte de custos e essa visão de desprezo aos trabalhadores e clientes, o banco continuará apresentando resultados negativos.”
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Manifestação segue – Durante os atos, além da leitura de manifesto nas agências, estão sendo distribuídos o jornal Sindical Santander e cartas-manifesto aos clientes, que apoiam a luta assinando pedido de mais contratações e redução das tarifas.
Rodolfo Wrolli – 20/5/2014
