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São Paulo – Mais de 100 entidades entre sindicatos, centrais e movimentos sociais, entre as quais a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, realizam quarta 20 caminhada em Brasília. Também está previsto um ato de repúdio, em frente ao Congresso, à corrupção e ao parecer da Comissão Especial de Reforma Política apresentado na semana passada pelo deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), que pretende constitucionalizar o financiamento privado de campanha e propõe o distritão como modelo eleitoral para a escolha dos representantes.
> Áudio: entrevista completa na Rádio Brasil Atual
Luciano Santos, advogado, codiretor do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, em entrevista à Rádio Brasil Atual, falou hoje que parecer em questão não atende aos interesses da sociedade, que pede por uma reforma política mais abrangente, "que acabe com o financiamento privado das campanhas". Segundo ele, o objetivo da marcha é pressionar o Congresso.
Para Luciano, a relação das empresas com o sistema político tem provocado grandes distorções. "Hoje, ganha eleição aquele que mais arrecada. Esse é o ponto principal que precisa ser reformado."
"O que nós assistimos, hoje, são comissões do Congresso, em especial na Câmara, que são presididas por deputados que foram financiados por empresas que tem total interesse nessas questões ali discutidas", analisa o advogado, que é categórico ao afirmar que empresas "não fazem doação, fazem investimento", citando pesquisas que apontam que para cada real doado, o retorno é de R$ 8,50.
"Distritão" - O diretor do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral alega que o chamado distritão, onde cada estado passa a ser considerado com um distrito e seriam eleitos os mais votados, realça ainda mais a importância do poder econômico e do personalismo, em detrimento da participação dos partidos.
Luciano diz que o modelo "afasta as minorias" e que os pequenos partidos terão ainda mais dificuldade. "Somos contra o 'distritão' porque achamos que ele é antidemocrático". O movimento de Combate à Corrupção sugere a manutenção do sistema proporcional, pois, "é o sistema que melhor representa o todo da sociedade".
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Luciano Santos, advogado, codiretor do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, em entrevista à Rádio Brasil Atual, falou hoje que parecer em questão não atende aos interesses da sociedade, que pede por uma reforma política mais abrangente, "que acabe com o financiamento privado das campanhas". Segundo ele, o objetivo da marcha é pressionar o Congresso.
Para Luciano, a relação das empresas com o sistema político tem provocado grandes distorções. "Hoje, ganha eleição aquele que mais arrecada. Esse é o ponto principal que precisa ser reformado."
"O que nós assistimos, hoje, são comissões do Congresso, em especial na Câmara, que são presididas por deputados que foram financiados por empresas que tem total interesse nessas questões ali discutidas", analisa o advogado, que é categórico ao afirmar que empresas "não fazem doação, fazem investimento", citando pesquisas que apontam que para cada real doado, o retorno é de R$ 8,50.
"Distritão" - O diretor do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral alega que o chamado distritão, onde cada estado passa a ser considerado com um distrito e seriam eleitos os mais votados, realça ainda mais a importância do poder econômico e do personalismo, em detrimento da participação dos partidos.
Luciano diz que o modelo "afasta as minorias" e que os pequenos partidos terão ainda mais dificuldade. "Somos contra o 'distritão' porque achamos que ele é antidemocrático". O movimento de Combate à Corrupção sugere a manutenção do sistema proporcional, pois, "é o sistema que melhor representa o todo da sociedade".
Rede Brasil Atual - 20/5/2015