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São Paulo – Milhares de mulheres marcharam pelas ruas do centro de São Paulo neste domingo 15, contra o que consideram o governo golpista e machista do presidente interino Michel Temer, que não nomeou mulheres, negros, nem minorias em seu ministério. O ato seguiu da região da Avenida Paulista para a Praça Roosevelt. A Mídia Ninja, que transmitiu, estimou a mobilização em 10 mil pessoas.
Segundo o coletivo Jornalistas Livres, o ato foi encerrado por volta de 18h30. O trajeto começou depois de concentração na Praça do Ciclista. Passou pelo Museu de Arte de São Paulo (Masp), foi até o final da final da Paulista, desceu a Rua da Consolação, atravessou a Praça Roosevelt, subiu a Rua Augusta, saindo na Paulista novamente, "onde enfrentou alguma tensão com a PM ao passar em frente à Federação das Indústrias do Estado (Fiesp) e que agora caminhou até Brigadeiro Luis Antônio e agora retorna para a rua da Consolação. Quanto fôlego pela Democracia", disse o coletivo no Facebook.
As mulheres afirmaram que estavam de volta à Fiesp "para mandar um recado para aos empresários e para o Skaf (Paulo Skaf, presidente da entidade e principal articulador do golpe entre os empresários), que nós não nos calaremos e se eles acharam que nos enterraram, se enganaram. Nós somos sementes e essa semente está dando fruto pelo país todo, não é só em São Paulo, é no país e no mundo. Diremos não ao retrocesso, nenhum passo atrás e nenhum direito a menos. Se a Fiesp continuar achando que pode meter o dedo nos direitos trabalhistas, ela que se prepare, porque hoje ocupamos a Paulista, amanhã pode ser a Fiesp".
Em um jogral, repetido por todos antes do início da caminhada, os manifestantes gritaram “Fora Temer” e disseram que não vão aceitar o que chamaram de eleições indiretas. “Não aceitaremos eleições indiretas feita pelos deputados e apoiada pelos senadores”, cantaram. “Eleições diretas. Poder ao povo. Fora Temer”, gritaram.
O protesto também teve apoio dos movimentos União Brasileira das Mulheres e da Marcha Mundial das Mulheres, que lideraram a caminhada. Durante o trajeto, os manifestantes gritaram “Fora Temer”, e “Não tem arrego” e palavras de apoio a Dilma. Muitos deles seguravam faixas de Fora Temer.
Segundo escalão? - Além de protestar contra o processo de impeachment, o ato também foi contra a falta de mulheres e de negros no atual ministério. Eles também protestam contra a extinção de algumas pastas.
Em entrevista ao Fantástico, sob intenso protesto, o presidente interino disse que terá três mulheres em cargos abaixo dos ministros, o chamado segundo escalão.
A entrevista foi transmitida com intensos barulhaço e gritos de "golpista" em várias cidades do país, como São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte e Brasília.
Confira a íntegra da resposta de Temer.
O sr. lembrou que montou a primeira delegacia da mulher, no entanto, no seu ministério, pela primeira vez desde a redemocratização não há uma só mulher. Como o sr. vê as críticas que a composição do seu ministério é um retrocesso na questão da diversidade de representação do povo brasileiro?
Primeiro, eu contesto a afirmação de que não há nenhuma mulher, você sabe que um dos cargos mais importantes da Presidência da República é a chefia de gabinete da Presidência da República, ocupada por uma mulher. Ela participou no dia da reunião ministerial, é um dos principais cargos, não digo que esteja acima dos ministros, mas evidentemente tem uma prevalência muito grande em relação ao ministério. Primeiro ponto.
![Foto: Jornalistas Livres](http://www.spbancarios.com.br/Uploads/ckfinder/userfiles/images/ato_mulheres_temer_jornalistas_livres.jpg)
As mulheres afirmaram que estavam de volta à Fiesp "para mandar um recado para aos empresários e para o Skaf (Paulo Skaf, presidente da entidade e principal articulador do golpe entre os empresários), que nós não nos calaremos e se eles acharam que nos enterraram, se enganaram. Nós somos sementes e essa semente está dando fruto pelo país todo, não é só em São Paulo, é no país e no mundo. Diremos não ao retrocesso, nenhum passo atrás e nenhum direito a menos. Se a Fiesp continuar achando que pode meter o dedo nos direitos trabalhistas, ela que se prepare, porque hoje ocupamos a Paulista, amanhã pode ser a Fiesp".
Em um jogral, repetido por todos antes do início da caminhada, os manifestantes gritaram “Fora Temer” e disseram que não vão aceitar o que chamaram de eleições indiretas. “Não aceitaremos eleições indiretas feita pelos deputados e apoiada pelos senadores”, cantaram. “Eleições diretas. Poder ao povo. Fora Temer”, gritaram.
O protesto também teve apoio dos movimentos União Brasileira das Mulheres e da Marcha Mundial das Mulheres, que lideraram a caminhada. Durante o trajeto, os manifestantes gritaram “Fora Temer”, e “Não tem arrego” e palavras de apoio a Dilma. Muitos deles seguravam faixas de Fora Temer.
![](http://www.spbancarios.com.br/Uploads/ckfinder/userfiles/images/temer_posse_ministros_valter_campanato_abr_materia.jpg)
Em entrevista ao Fantástico, sob intenso protesto, o presidente interino disse que terá três mulheres em cargos abaixo dos ministros, o chamado segundo escalão.
A entrevista foi transmitida com intensos barulhaço e gritos de "golpista" em várias cidades do país, como São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte e Brasília.
Confira a íntegra da resposta de Temer.
O sr. lembrou que montou a primeira delegacia da mulher, no entanto, no seu ministério, pela primeira vez desde a redemocratização não há uma só mulher. Como o sr. vê as críticas que a composição do seu ministério é um retrocesso na questão da diversidade de representação do povo brasileiro?
Primeiro, eu contesto a afirmação de que não há nenhuma mulher, você sabe que um dos cargos mais importantes da Presidência da República é a chefia de gabinete da Presidência da República, ocupada por uma mulher. Ela participou no dia da reunião ministerial, é um dos principais cargos, não digo que esteja acima dos ministros, mas evidentemente tem uma prevalência muito grande em relação ao ministério. Primeiro ponto.
![Foto: Reprodução](http://www.spbancarios.com.br/Uploads/ckfinder/userfiles/images/temer_fantastico_15_5_reproducao_materia.jpg)
Mas sem status de ministro?
Olhe, convenhamos (diz ligeiramente irritado), há pessoas que se seduzem com a história de ser ministro ou não. Eu já exerci funções sem ser secretário de Estado e, entretanto, desenvolvi trabalhos extraordinários, quer dizer, o rótulo de ministro não é isso que vai fazer com que a pessoa haja bem ou não. Tenho certeza que estas figuras que virão para o ministério, assim como a chefe de gabinete, farão um belíssimo trabalho para o país.
Rede Brasil Atual, com informações da Agência Brasil e edição da Redação - 16/5/2016
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