Brasília - A CPI do HSBC, que investiga contas não declaradas de brasileiros na Suíça, tem reunião marcada para a quinta 12, às 14h30, quando o relator Ricardo Ferraço (PSDB-ES) deverá apresentar seu relatório final. Originalmente ocorreria nesta terça 10, mas foi adiada.
> Lista do HSBC tem 22 empresários de comunicação
> SwissLeaks: relator vê maior caso de sonegação
O senador está concluindo o texto com as informações enviadas em janeiro deste ano pela Justiça da França. Na ocasião, os franceses liberaram dados do escândalo conhecido como Swissleaks. Com isso, a comissão teve acesso a toda a documentação referente aos correntistas da filial do banco em Genebra.
O Ministério da Justiça e a Procuradoria-Geral da República já possuíam cópias da documentação, mas não podiam compartilhá-la com a CPI sem o consentimento das autoridades europeias. Quando teve acesso ao conteúdo, Ferraço chegou a dizer que a comissão renasceria.
> França libera dados e CPI do HSBC ganha fôlego
> Receita obtém informações de citados no SwissLeaks
O banco é acusado de ter facilitado a evasão de divisas para clientes de diversas nacionalidades entre 2005 e 2007. Estima-se que U$7 bilhões tenham deixado o Brasil sem a devida prestação de contas no período. O esquema foi denunciado por um ex-funcionário do HSBC, o analista de sistemas Hervé Falciani.
> Delator vê mais de 8,7 mil brasileiros no SwissLeaks
Formada por 11 titulares e sete suplentes, a CPI foi criada em março do ano passado e já foi prorrogada duas vezes. O presidente é o senador Paulo Rocha (PT-PA); o vice, Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Agência Senado - 10/5/2016
Linha fina
Banco é acusado de ter facilitado a evasão de cerca de US$ 7 bilhões para clientes entre 2005 e 2007
Imagem Destaque