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São Paulo - Logo após o final da manifestação popular que acompanhou a saída de Dilma do Palácio do Planalto, na manhã desta quinta-feira, um grupo de 30 mulheres, militantes de diferentes movimentos sociais, acorrentou-se às grades, em frente à sede do governo, e promete sair de lá só à força. Elas protestavam contra a presidência interina de Michel Temer, a quem chamam de golpista, traidor e ilegítimo.
Refletindo o mal estar atual da vida política brasileira, ali próximo um grupo de 10 fascistas portava faixas acusando Temer de abrigar em seus ministérios pessoas envolvidas na Lava Jato e reivindicavam intervenção militar imediata.
Depois de mais de duas horas, as militantes decidiram subir a rampa do Palácio do Planalto, em protesto. Foram dissuadidas com muito gás de pimenta e cassetetes. Logo depois, a polícia militar cercou a sede do governo.
Uma das “acorrentadas”, a produtora de audiovisual Elizabete Braga, disse que o gesto é um ato de resistência. “Somos mulheres contra o golpe. Estamos contra o golpe instalado neste país. Não reconhecemos Temer como presidente”.
Questionada sobre a ausência de mulheres no ministério até agora anunciado por Temer, ela respondeu: “Estão bem representados. O machismo que caracteriza este golpe está bem representado. Isso mostra que eles querem que sejamos apenas ‘belas, recatadas e do lar’”, fazendo alusão irônica a título de texto de uma revista semanal que exaltava as “qualidades” da esposa do presidente interino.
A cada integrante do novo governo que passava em direção ao Palácio, as manifestantes gritavam palavras de ordem como “golpistas, fascistas, não governarão”.
Elas garantem que esse é apenas o primeiro problema que criarão para o governo Temer.
Já nas primeiras horas da manhã, eram visíveis os sinais de que outros tempos estão começando. Maus tempos. Desde 2003 não se viam barreiras policiais revistando manifestantes que queriam se aproximar do Palácio, muito menos detectores de metal instalados na rua. As mulheres tinham de abrir suas bolsas para os seguranças e homens eram apalpados. Diferente das eras Lula e Dilma, que não demonstravam medo do povo organizado.
Luiz Carvalho e Isaías Dalle, da CUT - 13/5/2016
Refletindo o mal estar atual da vida política brasileira, ali próximo um grupo de 10 fascistas portava faixas acusando Temer de abrigar em seus ministérios pessoas envolvidas na Lava Jato e reivindicavam intervenção militar imediata.
Depois de mais de duas horas, as militantes decidiram subir a rampa do Palácio do Planalto, em protesto. Foram dissuadidas com muito gás de pimenta e cassetetes. Logo depois, a polícia militar cercou a sede do governo.
Uma das “acorrentadas”, a produtora de audiovisual Elizabete Braga, disse que o gesto é um ato de resistência. “Somos mulheres contra o golpe. Estamos contra o golpe instalado neste país. Não reconhecemos Temer como presidente”.
Questionada sobre a ausência de mulheres no ministério até agora anunciado por Temer, ela respondeu: “Estão bem representados. O machismo que caracteriza este golpe está bem representado. Isso mostra que eles querem que sejamos apenas ‘belas, recatadas e do lar’”, fazendo alusão irônica a título de texto de uma revista semanal que exaltava as “qualidades” da esposa do presidente interino.
A cada integrante do novo governo que passava em direção ao Palácio, as manifestantes gritavam palavras de ordem como “golpistas, fascistas, não governarão”.
Elas garantem que esse é apenas o primeiro problema que criarão para o governo Temer.
Já nas primeiras horas da manhã, eram visíveis os sinais de que outros tempos estão começando. Maus tempos. Desde 2003 não se viam barreiras policiais revistando manifestantes que queriam se aproximar do Palácio, muito menos detectores de metal instalados na rua. As mulheres tinham de abrir suas bolsas para os seguranças e homens eram apalpados. Diferente das eras Lula e Dilma, que não demonstravam medo do povo organizado.
Luiz Carvalho e Isaías Dalle, da CUT - 13/5/2016