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“Os bancários sempre tiveram como uma de suas bandeiras o fim das filas nos bancos e a melhoria na qualidade do atendimento aos clientes. Várias campanhas foram realizadas, com esse intuito, em parceria com entidades de defesa do consumidor. Mas não se pode esquecer que a qualidade do serviço prestado à população está diretamente ligada à quantidade de bancários atuando nas instituições financeiras”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino.
Nos últimos vinte anos, o número de trabalhadores bancários caiu pela metade, de 800 mil para 400 mil em todo o país. O número de contas correntes, no entanto, mais que triplicou. O lucro dos dez maiores bancos cresceu de R$ 1,2 bi em 1994 a R$ 15,8 bi em 2004 , enquanto os salários dos bancários aumentaram apenas 138% neste período.
“Sabemos que o setor financeiro pode e deve contratar mais trabalhadores para prestar melhores serviços à população que paga caro pelo atendimento bancário. A abertura das agências em horário comercial, com dois turnos de trabalho, geraria de imediato 161 mil novos empregos e, isso sim, contribuiria de forma efetiva para o fim das filas”, destaca Marcolino.
“O que não pode acontecer é que os trabalhadores sejam penalizados por uma lei que estabelece tempo limite para o atendimento. Os bancários já vivem extremamente pressionados, pertencem a uma categoria que sofre com doenças ocupacionais que resultam desse tipo de cobrança e não vamos admitir que essa lei seja mais uma forma de pressão para cumprimento de metas”, completa o dirigente.