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Negociação com HSBC frustra trabalhadores

Linha fina
Banco quer ficar no Brasil, mas não valoriza funcionários, nega contratações, e desconta programas próprios da PLR da maioria dos bancários
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São Paulo – A afirmação do presidente do HSBC no Brasil, André Brandão, de que o Brasil é um dos mercados mais importantes para o banco inglês no momento vai na contramão da valorização dos trabalhadores da instituição financeira. Isso pode ser constatado em reunião com a Comissão de Organização dos Empregados (COE) nesta segunda-feira 4, que terminou sem avanços à proteção do emprego, ao fim das metas no atendimento e do desconto dos programas próprios na PLR.

O banco negou a contratação de novos funcionários em substituição às demissões. “O assunto principal dessa reunião era emprego, no entanto, o banco disse que irá avaliar a demanda de cada local de trabalho, mas que não contratará agora”, relata a dirigente sindical Liliane Fiuza.

Sobre a previdência complementar, o Sindicato mais uma vez manifestou sua insatisfação com o programa criado unilateralmente pelo HSBC.

Outro tema do debate foi o desconto dos programas próprios na Participação nos Lucros e Resultados (PLR). O Sindicato deixou clara sua posição contra o desconto do PSV (programa próprio de remuneração) na PLR. “Apenas a área gerencial não sofrerá o desconto. A área de atendimento, por exemplo, onde os trabalhadores acharam que não receberiam menos, terão mais uma vez, segundo o banco, o programa descontado. Somos contra essas medidas da instituição, em que as informações não são passadas com clareza aos bancários”, avalia Liliane.

O HSBC implantou um programa de metas para os funcionários do atendimento. “É um absurdo esse modelo operacional. A área de atendimento deve ser prestativa aos clientes, e não deve vender produtos. Vamos intensificar a luta pela defesa dos bancários do HSBC”, conclui a dirigente.


Gisele Coutinho – 4/6/2012

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