São Paulo – O Ministério Público estendeu até 9 de julho o prazo para que a Sabesp forneça informações detalhadas sobre o abastecimento de água na capital paulista. Por meio da Promotoria de Habitação e Urbanismo da capital, o MP instaurou inquérito civil no dia 29 de maio para apurar eventuais racionamento e rodízio no fornecimento de água na cidade de São Paulo.
O inquérito foi instaurado após denúncias de interrupções constantes no fornecimento de água pela Sabesp, especialmente na zona norte, sem que a empresa ou o governo do estado tenha se manifestado oficialmente sobre a existência de rodízio ou racionamento no fornecimento de água a residências em decorrência do baixo volume do Sistema Cantareira.
O promotor Mauricio Antônio Ribeiro Lopes expediu ofício à Sabesp para que forneça informações detalhadas sobre o abastecimento de água na capital, em especial na zona norte, informando todas as datas e horários nos últimos 90 dias em que houve interrupção de fornecimento de água, número de pessoas afetadas, situação do fornecimento de água na atualidade, prognóstico para os próximos seis meses e todas as demais informações necessárias à compreensão do problema.
Também foram expedidos ofícios ao secretário estadual da Casa Civil e ao de Saneamento e Recursos Hídricos para que forneçam todas as informações necessárias ao esclarecimento dos fatos, no prazo de 10 dias.
CPI – A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável na Assembleia Legislativa de São Paulo pretende investigar por meio de uma CPI as perdas de água na rede estadual apesar de ter gasto mais de R$ 1,1 bilhão, entre 2008 e 2013, para resolver problemas de saneamento.
A companhia também não atingiu a meta de 30,5%, estipulada pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo.
Redação, com informações do Ministério Público – 18/6/2014
Linha fina
Ministério Público cobra informações da Sabesp e de secretarias do governo estadual sobre falhas no abastecimento; Alckmin nega que haja racionamento de água
Imagem Destaque