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Votação na Câmara reforça necessidade de mudança

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Maioria dos vereadores que discutiu Plano Diretor em São Paulo recebeu doações de empreiteiras. CUT realiza plebiscito por Constituinte do Sistema Político
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São Paulo – A votação de um novo Plano Diretor Estratégico (PDE) para a cidade de São Paulo pela Câmara de Vereadores levantou questões importantes sobre a necessidade de uma reforma política no país que, entre outros pontos, acabe com a influência do capital nos processos eleitorais.

O PDE (Projeto de Lei 688/2013), aprovado na segunda 30, determina regras para o planejamento urbano do município, influenciando a vida de seus mais de 11 milhões de habitantes e mexendo com os interesses do poder econômico. Diante disso, causou no mínimo preocupação o fato de que 53 dos 55 vereadores da Casa receberam dinheiro do mercado imobiliário para suas campanhas, em 2012.

Segundo levantamento feito pela Rede Brasil Atual junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a soma das doações, diretas ou indiretas, dessas empresas aos candidatos chegou a R$ 22,6 milhões. “As doações sempre implicam compromisso político”, disse à RdB o advogado Ricardo Gebrim.

O fim do financiamento privado das campanhas eleitorais é um dos pontos do projeto de reforma política defendido pelo Partido dos Trabalhadores, CUT (Central Única dos Trabalhadores) e por movimentos sociais, incluindo o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que luta pela aprovação do Plano Diretor.

Plebiscito – Entre 1º e 7 de setembro, CUT, sindicatos e movimentos sociais estarão nas ruas com a campanha pela reforma política. Realizarão o Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político. O objetivo é ultrapassar 10 milhões de votos a favor da Constituinte, para os movimentos a única forma de fazer o processo de mudança avançar.

“A reforma política é a mãe de todas as outras possíveis reformas, pois garante transparência no processo eleitoral brasileiro. Vamos nos mobilizar intensamente pelo plebiscito”, reforça o presidente da CUT, Vagner Freitas, acrescentando que as “urnas” estarão nas praças, estações de metrô e ônibus e outros pontos movimentados das cidades brasileiras.


Redação - 30/6/2014
(Atualizado às 18h01)

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