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HSBC afirma que não fecha nem demite

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Em reunião com Sindicato e Contraf-CUT, direção do banco abriu canal de negociação permanente com trabalhadores. Reafirmou processo de venda e informou que pretende manter operação normal para entrega a futuro comprador
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São Paulo - A direção do HSBC Brasil informou ao movimento sindical que não existe qualquer possibilidade de fechar o banco no país nem de fazer demissões em massa.

A reunião foi realizada na quarta 10, um dia após a matriz européia anunciar mudança estratégica no modelo de negócios, confirmando que pretende vender sua operação brasileira.

O anúncio feito em Londres pelo CEO do Grupo, Stuart Gulliver, causou preocupação entre os bancários diante da confusão criada pela mídia brasileira que publicou informações sobre o encerramento das atividades do banco inglês no Brasil e demissões de até 50 mil pessoas no mundo.

“Imediatamente entramos em contato com o presidente do banco aqui, que desmentiu as notícias e hoje isso foi reafirmado pela direção do HSBC: o processo de venda continua e os funcionários devem ir para o novo banco controlador”, relata a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira. “Durante todo o processo até a venda, estaremos ao lado dos trabalhadores, acompanhando cada passo. Por isso cobramos do banco, também, um canal permanente de negociação.” A direção do HSBC se comprometeu a fazer uma reunião quinzenal com os representantes dos trabalhadores. “Esse é um processo demorado. Após a venda, procuraremos o novo controlador e vamos defender os empregos e direitos dos bancários até o fim.”

Venda – O banco informou que a decisão de sair do Brasil não tem a ver com resultado, mas com estratégia global da empresa no mundo. “De nossa parte lamentamos porque essa venda pode tornar o sistema financeiro brasileiro ainda mais concentrado, o que é muito ruim para a sociedade”, afirma Juvandia. “Mas não admitiremos demissões e isso ficou muito claro. Não podemos aceitar que um banco venha para o Brasil, lucre e vá embora deixando milhares de trabalhadores desempregados. Têm de praticar a responsabilidade social que propagandeiam. Devem muito à sociedade.”


Cláudia Motta - 10/6/2015
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