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Chapéu
Negociação

Santander nega novas demissões na Isban

Linha fina
Em reunião, representantes do banco afirmaram que não haverá mais desligamentos na empresa de tecnologia e nem intenção de terceirizar; também negaram planos de fechamento de agências ou de acabar com os caixas
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Foto: Mauricio Morais

São Paulo – Em reunião com dirigentes sindicais, na quinta-feira 1º, os representantes do Santander afirmaram que não haverá mais demissões na Isban, empresa de tecnologia do banco, e negaram qualquer plano de terceirização na área. A reunião foi solicitada pelo Sindicato, para cobrar respostas do banco diante da apreensão dos funcionários do setor.

“Fomos procurados pelos trabalhadores, que ficaram apreensivos por causa das demissões que ocorreram na Isban”, diz a diretora executiva do Sindicato e coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados do Santander (COE/Santander), Maria Rosani.

Ela destaca que não há qualquer justificativa para o banco demitir, já que teve resultado recorde no primeiro trimestre do ano e é o mais lucrativo do grupo espanhol. “O Santander e o setor financeiro como um todo têm lucros altíssimos e não há porque demitir. Além do mais, num momento tão delicado por que passa a economia do país, é irresponsabilidade social do banco cortar postos de trabalho”, afirma.

Fechamento de agências – Os dirigentes sindicais cobraram respostas também para os boatos que circulam de fechamento de mais de 200 agências este ano e de que haveria planos para acabar com os caixas. O Santander também negou. “Os representantes do banco disseram que não sabiam ‘de onde nasceu essa informação’, que isso não estava em debate no banco”, informa Maria Rosani.  Segundo a dirigente, o banco informou que os planos  são de fusionar algumas agências e abrir outras, mas que não haverá demissão no processo.

Contas universitárias – Na reunião, os dirigentes sindicais abordaram também um velho problema, e cobraram que o banco cumpra o que já havia acordado anteriormente. “Todo o semestre os trabalhadores denunciam que estão sendo obrigados a ir, depois do horário de trabalho, a universidades para abrir novas contas para estudantes. Em geral eles vão à noite, depois da jornada, não ganham horas extras e ainda têm de cumprir o expediente normal no dia seguinte. É um absurdo. E o que é pior: é um problema antigo que já foi denunciado pelo Sindicato ao Santander e o banco sempre diz que vai resolver, mas se repete”, critica Maria Rosani.

Mais uma vez, o Santander se comprometeu a conversar com os gerentes regionais para acabar com a determinação. “Isso já foi denunciado por nós, é recorrente. Esperamos que dessa vez o banco acabe de uma vez por todas com esse problema, caso contrário faremos ações sindicais”, diz a dirigente.

Maria Rosani reforça que se ocorrerem qualquer dos problemas que foram debatidos na reunião, os bancários devem denunciar imediatamente ao Sindicato. “Qualquer problema deve ser comunicado pelo bancário ao representante sindical de seu local de trabalho”, orienta.
 

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