A postura da Funcef com relação a importantes pautas, como o impacto da reforma da Previdência nos planos de benefício e o plano de revisão equacionamento, tem sido muito aquém do que os participantes esperam. A fundação, ciente da implicação das medidas na vida de seus membros e no resultado dos seus planos de benefício, deveria agir e se preparar para os impactos e não aguardar passivamente os resultados e agir somente como um retransmissor de decisões. As informações são da Fenae.
O texto do projeto de reforma da Previdência foi apresentado em 20 de fevereiro e, desde então, ciente do teor e das reais consequências nas regras de concessão dos benefícios e do impacto da reforma no resultado da Fundação, mantém-se inerte, mesmo quando provocada, quando deveria mensurar e se preparar para os impactos. A resposta ao ofício enviado pela Fenae solicitando o estudo dos impactos nos planos limitou-se a dizer que a fundação aguarda a aprovação final da PEC para se manifestar. Nesse ponto a Funcef já deveria ter mensurado os possíveis impactos e ter uma linha de argumento para se posicionar.
No intuito de ajudar a esclarecer as implicações da reforma da Previdência em cada um dos planos, a Fenae preparou um guia sobre como a reforma pode interferir na aposentadoria dos participantes da Funcef. Confira!
Equacionamento
A situação não é diferente no caso da revisão do equacionamento. Metade do ano se passou e a Funcef, de posse de todas as informações que precisa desde o final do ano passado, espera até o último momento para começar agir, quando muito pressionada. Burocracia, trâmite interno, tudo serve de desculpa para a postura inerte.
Os participantes tiveram que recorrer a um abaixo-assinado eletrônico para mostrar à diretoria do fundo a gravidade da situação em que vivem.
Todos os cenários acima mostram uma Funcef subserviente, que, ao se esquecer que é o terceiro maior fundo do país, segue inerte aceitando passivamente o que chegar.
Com o temor da Caixa transferir o gerenciamento dos planos que patrocina para outra instituição, como permite a CGPAR 25, a postura pacata da Funcef se torna perigosa. Se não lutar agora pelos interesses dos seus participantes, certamente não lutará quando o desmonte não for somente uma ameaça