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Bancários definem reivindicação de reajuste salarial

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Os 557 delegados presentes à 7ª Conferência Nacional da categoria definiram há pouco o índice de reajuste que será reivindicado à Fenaban para corrigir todas as verbas de natureza salarial: 11,77%. O índice é composto pela reposição da inflação projetada pelo ICV Dieese para o período (1º de setembro 2004 a 31 de agosto 2005), 5,69%, mais aumento real de 5,75%.
A data-base da categoria, que é composta por cerca de 400 mil bancários em todo o país, é 1º de setembro. Em São Paulo, Osasco e região há cerca de 106 mil trabalhadores em bancos. No ano passado, os bancários receberam reajuste salarial que variou entre 8,5% e 12,77% (no piso salarial), contra uma inflação de 6,4%. Os bancários querem consolidar sua política salarial e alterar a lógica dos banqueiros que até o ano passado trocavam o aumento real de salários por abono.

“Inflação não se discute, tem que ser reposta. Os bancários querem aumento real e PLR maior. O índice de 11,77% é absolutamente realista e vem da vontade manifestada pelos bancários em inúmeras consultas feitas em todo o Brasil. A categoria estará mobilizada porque sabe que esse reajuste pode ser conquistado”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino.

A Conferência também estabeleceu que a Campanha Nacional dos Bancários será feita em mesa única de negociação para bancos públicos e privados, com debates em paralelo das questões específicas.

PLR – Os bancários decidiram por uma nova proposta de reivindicação de participação nos lucros e resultados (PLR) a ser levada aos banqueiros. A proposta foi apresentada pelo presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino, e aprovada pela quase totalidade dos delegados presentes à Conferência Nacional. Reivindica o pagamento de um salário mais o valor fixo de R$ 788 (os R$ 705 do ano passado corrigidos pelo índice de 11,77%) acrescidos de 5% do lucro líquido distribuído de forma linear entre os funcionários.

Até o ano passado, a PLR paga aos bancários era composta de 80% do salário mais os R$ 705 fixos. Pela regra da convenção coletiva de trabalho, os bancos devem gastar com PLR entre 5% e 15% do seu lucro. No entanto, nos últimos anos, as instituições financeiras têm gastado menos de 5% em média. Esse número já foi de 12%. "O exemplo do Itaú é emblemático. Se pagasse os 80% do salário mais R$ 705, não chegaria aos 5% do lucro. Então, pela própria regra teve que pagar dois salários aos bancários e, ainda assim, atingiu pouco mais de 5%", conta Marcolino. "Os lucros dos bancos aumentaram muito nos últimos anos, enquanto o número de funcionários caiu. Ou seja, a distribuição dos lucros é cada vez mais injusta", completa o dirigente.

Novo comando – Os delegados bancários de todo o Brasil votaram também, na manhã deste domingo (31), a nova denominação e o novo formato da Executiva Nacional dos Bancários.

A Executiva Nacional dos Bancários passa a se chamar Comando Nacional dos Bancários. À antiga composição – a Executiva tinha representantes das 10 federações de bancários do país mais um da Confederação Nacional dos Bancários – somam-se os dirigentes de cada um dos 10 maiores sindicatos do Brasil. Além disso, compõem o Comando Nacional os coordenadores das comissões de empresa da Caixa Federal, Banco do Brasil, Basa (Amazônia) e BNB (Nordeste).

“A ampliação do comando visa democratizar e fortalecer a organização dos bancários em todo o Brasil”, comenta Luiz Cláudio Marcolino. 
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